Prefeito Bocalom diz que viaduto da AABB avança e atrasos são naturais

Durante entrevista concedida nesta quinta-feira, 15, na TV 5, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), explicou as ações em andamento da gestão municipal nas áreas de transporte público, habitação e infraestrutura. Um dos principais destaques foi a adesão ao Programa Acelerador de Crescimento (PAC) do governo federal, que prevê a aquisição de ônibus elétricos para a capital acreana.


Segundo o prefeito, o governo federal selecionou municípios com transporte coletivo para receberem financiamento para a compra de ônibus menos poluentes. “Nos propusemos a aderir ao financiamento porque ele reduz o custo dos veículos e ainda oferece prazos maiores para pagamento. O dinheiro vem para a prefeitura, que adquire os ônibus e os disponibiliza para as empresas do sistema”, afirmou.


As empresas vencedoras da licitação do transporte coletivo terão acesso aos veículos, mas pagarão diretamente à prefeitura. “Hoje, a prefeitura já paga cerca de R$ 30 milhões por ano em subsídios. Vamos descontar o valor dos ônibus desse subsídio. Quem está fazendo isso? Belo Horizonte e outras cidades”, disse o prefeito.


Viaduto e obras em andamento


Questionado sobre o andamento de obras, como o viaduto da AABB, Bocalom afirmou que os trabalhos continuam e que há atrasos naturais em obras públicas. “A estrutura de concreto já foi feita. Estamos aguardando a chegada das vigas de aço de Minas Gerais. As imagens que circulam não mostram a totalidade da obra”, destacou.


Críticas à oposição e defesa da gestão


O prefeito aproveitou para rebater críticas da oposição. “Jesus Cristo teve oposição, quem somos nós para não ter? Se a obra fosse de ouro, iam dizer que tinha que ser ouro 24 quilates”, ironizou. Bocalom também destacou que sua gestão tem realizado obras com recursos próprios, algo inédito na história recente da prefeitura. “Já fizemos o viaduto do Araújo Nix e estamos bancando parte do novo Mercado Municipal”, afirmou.


Habitação: 444 casas até fevereiro de 2026


Sobre o programa habitacional, Bocalom anunciou a construção de 444 casas populares por meio do projeto “Meu Mundo, Minha Dignidade”, uma parceria da prefeitura com a Caixa Econômica Federal e o programa Minha Casa, Minha Vida. “Duas empresas já estão contratadas. Uma prometeu entregar 250 casas até dezembro e a outra até fevereiro de 2026”, disse.
Segundo o prefeito, as casas estão sendo construídas com mão de obra local e com geração de emprego na capital. “Esse é um projeto pioneiro. Estamos usando painéis e tecnologia nova. No final de outubro, boa parte dessas casas já deve estar de pé”, completou.


Obras com passivo de gestões anteriores


Bocalom também comentou sobre a necessidade de corrigir obras mal executadas em gestões passadas. “Temos um passivo enorme, como o caso de 58 ruas na parte alta, que exigiram mais de R$ 30 milhões em investimentos da prefeitura para evitar a devolução de R$ 80 milhões à Caixa”, explicou.


A relação com o Governo Federal


Apesar de divergências ideológicas, o prefeito elogiou a parceria com o Governo Federal. “Seria ingratidão dizer que não estão ajudando. O Minha Casa, Minha Vida está viabilizando nossos projetos habitacionais. Recebemos equipamentos, como bombas e tubos, via Defesa Civil Nacional, após o desastre natural recente”, afirmou.


Asfalto e infraestrutura


O prefeito ainda garantiu a continuidade do programa “Asfalta Rio Branco”, com mais de R$ 40 milhões em recursos. “Vamos priorizar o recapeamento do centro e também atender a zona rural. Estamos comprando mais dois caminhões para acelerar esse trabalho”, destacou.


Bocalom afirmou que a cidade vive um novo momento. “Rio Branco está mais bonita e organizada. Ainda há desafios, mas estamos avançando como nunca. Nunca se fez tanto com recursos próprios da prefeitura”, concluiu.


Prefeito Bocalom fala sobre recuperação de ramais, habitação e parcerias com governos estadual e federal


Durante entrevista concedida nesta semana, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, comentou os desafios e avanços da gestão em diversas áreas, com destaque para a recuperação de ramais, projetos habitacionais e a relação com os governos estadual e federal.


Ao ser questionado sobre o planejamento para os ramais neste verão, Bocalom reconheceu que a demanda é alta e que as reclamações fazem parte do processo, mas destacou o volume de trabalho já realizado. “Vão reclamar sempre, mas a verdade é que ninguém fazia ramais antes. Agora, a prefeitura e o governo estão fazendo”, afirmou.


Segundo o prefeito, cerca de 2.500 quilômetros de ramais estão sob responsabilidade da gestão municipal. “Dois mil e quinhentos quilômetros não são dois quilômetros e meio. Isso equivale a quatro viagens até Cruzeiro do Sul. Mas nós vamos fazer e continuar fazendo”, disse.


Ele destacou que, com a chegada de maquinário novo, a prefeitura tem autonomia para intensificar os trabalhos. “Estamos com nosso próprio maquinário e vamos trabalhar durante todo o verão”, garantiu.


O prefeito também citou avanços concretos em áreas antes inacessíveis. “Nunca se tirava castanha lá no quilômetro 100 da Transacreana, no Rio Iaco. Em 2023 tiraram. Em 2024 também. Quem fez isso acontecer? Fomos nós.” Bocalom explicou ainda que parte dos ramais será assumida pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre). “Do quilômetro 30 para frente, quem vai cuidar é o Deracre. Do 30 para trás, que é a maior malha, é com a prefeitura”, disse.


Segundo ele, recursos para essa manutenção não faltarão. “Tem dinheiro, sim. Estamos fazendo pontos de alvenaria, colocando bueiros — já são mais de 700 de PVC, com durabilidade de até 50 anos. Isso nunca foi feito antes.”


O prefeito também comentou os investimentos em habitação popular, destacando que esse era tradicionalmente um papel do governo estadual, mas que agora conta com participação direta da prefeitura. “O Estado está fazendo, com mais de mil casas para famílias de áreas alagadas. Somando com as da prefeitura, são mais de 2.500 unidades”, afirmou.


Bocalom minimizou críticas sobre eventuais atrasos nas obras. “Atraso em obra é natural. O que importa é o resultado. O Governo Federal está ajudando, e seria ingratidão dizer o contrário.”


Ele citou o programa Minha Casa, Minha Vida, em parceria com o projeto municipal Minha Dignidade, que já contratou 444 das 685 unidades previstas. “O Estado também já contratou cerca de 750 casas e está ampliando com mais mil. Tudo isso com recursos do Governo Federal.”


Relação com o governo Lula é institucional e produtiva


Sobre a relação com o Governo Federal, Bocalom ressaltou que, apesar de diferenças ideológicas, a parceria institucional tem sido positiva. “Estamos aqui para cuidar da população, não para brigar politicamente. Tenho uma ótima relação com ministros como Valdez Góes e Helder Barbalho”, afirmou.


Ele destacou ações recentes viabilizadas com recursos federais via Defesa Civil Nacional. “Chegaram quatro bombas novas, tubos para drenagem, tudo com verba federal. É resultado do projeto que apresentamos após o desastre causado pelo rompimento do Igarapé São Francisco. Isso vai resolver 100% do problema da ETA 12, nossa estação de captação.”


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