Morre o juiz aposentado Heitor Andrade Macedo em Rio Branco

O juiz aposentado Heitor Andrade Macedo morreu neste sábado, 24, em Rio Branco (AC). Aos 85 anos, tinha uma longa trajetória no Judiciário acreano e era conhecido pelo compromisso com a Justiça e pelo respeito que mantinha entre colegas e servidores.


O velório está sendo realizado na capela central do Cemitério Morada da Paz. O sepultamento está marcado para as 10h deste domingo, 25, no mesmo local.


O presidente do Tribunal deJustiça do Acre (TJAC), desembargador Laudivon Nogueira, divulgou nota de pesar em nome das desembargadoras e desembargadores, juízas e juízes de Direito, servidoras e servidores. “Neste momento de luto e dor, solidarizamo-nos com os familiares e amigos enlutados. Que encontrem conforto e força para enfrentar esta difícil perda”, disse o magistrado.


Heitor era esposo da servidora aposentada Francisca Santiago Macedo, pai da servidora Maisa Macedo e de Helton Santiago Macedo, que atualmente é servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC).


A Associação dos Magistrados do Acre (Asmac) também lamentou a morte de Heitor Macedo. Em nota assinada pela presidente da entidade, juíza Olívia Ribeiro, a Asmac destacou o pesar da categoria e manifestou solidariedade aos familiares. A causa da morte não foi divulgada.


Foto: Reprodução/Facebook

A deputada estadual Maria Antônia, cunhada do juiz, também se pronunciou nas redes sociais. “É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de Heitor Andrade Macedo, esposo da minha querida irmã Francisca. Homem íntegro, dedicado à Justiça e à família, Heitor marcou sua trajetória com honra e dignidade, tendo servido como juiz e escritor. Sua sabedoria, retidão e generosidade deixaram uma marca indelével em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Neste momento de dor, nos unimos em solidariedade à nossa irmã Francisca, aos familiares e amigos, pedindo a Deus que conforte os corações enlutados e receba-o com luz e paz. Descanse em paz, meu cunhado. Estamos de luto”, declarou Maria Antônia.


 


Sobre o juiz:


 


Cidadão rondoniense, nasceu em 23 de janeiro de 1940, no seringal denominado “Prosperidade”, à margem esquerda do rio Madeira. Filho de Fortunato Cândido Ramos e Nair Andrade Macêdo. Ficou órfão de pai aos dois anos e teve que enfrentar as dificuldades e privações que a vida lhe impôs. Cresceu em meio a uma família de muitos irmãos. Na infância, em Porto-Velho ajudava sua mãe a carregar as trouxas de roupa e as panelas com mingau no tabuleiro de arroz-doce e quitutes para ajudar no sustento da casa. Era um jovem dedicado aos estudos e, decidiu estabelecer uma meta na vida: de que iria sempre prosperar.


Autodidata, alfabetizou-se a duras penas e tornou-se um leitor voraz. Teve muitos empregos: gerente do BASA, professor de Língua Portuguesa, gerente da INDACRE e Sabenacre. Atuou como presidente do Rotary Rio Branco e Venerável da Loja Maçônica Marinho Monte Nº 8 e foi Vice-Presidente da Federação Acreana de Futebol. Fez concursos, passou em todos. Casou-se, divorciou, casou novamente e ao todo tem 12 filhos. Sonhador e determinado, mudou-se de Guajará-Mirim em 1977, deixando do time do coração “Pérola do Mamoré”. Rumou em direção às terras acreanas onde cursou Direito, na Ufac. Em 1984 atuou como promotor em Cruzeiro do Sul e em 1988 tornou-se Juiz de Direito. Aposentou-se precocemente, tornando-se advogado criminal dos mais conceituados.


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