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Ministro da Agricultura prevê retomada de exportação de frango para China em 60 dias

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (15) que espera retomar as exportações de carne de frango e ovos para a China em até 60 dias. Em entrevista à CNN, Fávaro destacou que o governo brasileiro está adotando medidas rigorosas para conter o surto de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) identificado em uma granja comercial em Montenegro (RS).


Segundo o ministro, o estado de emergência zoossanitária decretado pelo governo tem duração de 60 dias, mas o foco inicial do surto deve ser controlado em cerca de 28 dias. “Se conseguirmos eliminar o foco e rastrear a produção de forma eficiente, acreditamos que seja possível restabelecer o fluxo normal de exportações com a China antes desse prazo”, explicou Fávaro.


Impacto econômico e medidas de controle

A suspensão temporária das exportações para a China deve gerar um prejuízo de mais de US$ 100 milhões por mês ao Brasil. Em 2024, o país exportou US$ 1,288 bilhão em carnes e miudezas de aves para o mercado chinês. O ministro destacou que, enquanto o embargo chinês é nacional, outros países como Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita restringiram apenas produtos provenientes do Rio Grande do Sul.


Para conter o avanço da gripe aviária, todos os aviários em um raio de 10 quilômetros da granja afetada serão fiscalizados, e os ovos já distribuídos estão sendo rastreados e inutilizados. Fávaro reforçou que as cargas de carne de frango que já estão em trânsito ou aguardando liberação nos portos não serão impactadas.


Risco para humanos é baixo, afirma ministério

O Ministério da Agricultura esclareceu que o consumo de carne de frango e ovos não apresenta risco para a saúde humana. A transmissão do vírus da influenza aviária ocorre apenas em situações de contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas. “Não há prejuízo comercial para as cargas que estavam sendo produzidas e exportadas até ontem”, garantiu o ministro.


Fávaro também destacou que o Brasil mantém mais de 200 parceiros comerciais para a exportação de carne de frango, o que minimiza os impactos econômicos da suspensão temporária imposta pela China. O país segue negociando a reabertura do mercado chinês com base na transparência e no cumprimento de protocolos sanitários rigorosos.


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