O governador do Acre, Gladson Cameli, repudiou o protesto realizado nesta sexta-feira (23) durante o encerramento da reunião da GCF Task Force, na Universidade Federal do Acre (Ufac). Para a gestão estadual, a manifestação foi motivada por “interesses exclusivamente particulares e políticos” e teve como objetivo causar prejuízos ao evento e à imagem do estado.
O governador destacou que as reuniões do GCF são tradicionalmente espaços destinados à discussão de medidas concretas para o equilíbrio das questões ambientais, sociais e econômicas, sempre visando o desenvolvimento das populações que vivem na floresta. Reforçou também que o evento é aberto à participação de iniciativas que contribuam positivamente com ideias e posicionamentos, o que, segundo a avaliação oficial, não foi o caso.
A atuação dos manifestantes, tidos como “desordeiros”, foi classificada como uma tentativa de “manchar a imagem de todos os acreanos, que tradicionalmente são conhecidos como pacíficos e hospitaleiros”.
Diante do ocorrido, o governo condenou o protesto e afirmou que irá investigar o caso, comprometendo-se com a punição dos responsáveis. Ao mesmo tempo, afirmou o compromisso com a democracia e a liberdade, destacando que essa é uma responsabilidade contínua que exige a participação ativa de toda a sociedade.
O protesto, protagonizado por integrantes do Comitê Chico Mendes, da União da Juventude Comunista, da Juventude do Partido Comunista e de movimentos indígenas, criticou o agronegócio e a gestão ambiental do governador Gladson Cameli, apontando o evento como uma “farsa”.
Durante a manifestação, houve confronto entre manifestantes e seguranças após uma das participantes tentar subir ao palco e falar ao microfone. O governador interveio, afirmando que o governo está aberto ao diálogo, mas que aquela não era a ocasião apropriada, e ordenou a retirada dos manifestantes do local.