Com cortejo, bombeiros fazem homenagem a cadela especialista em resgates que morreu no Acre

Em uma postagem emocionante, o Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC) homenageou, nesta terça-feira (13), a Cerys, uma cadela que reforçava a equipe de Busca, Resgate e Salvamento com Cães desde 2020 e que morreu no último sábado (10) em Rio Branco.


A despedida da heroína de quatro patas, que estava coberta pela bandeira do Acre, ocorreu com um cortejo fúnebre e regado de emoções. (Veja vídeo da corporação abaixo)


Oriunda de uma linhagem de cães operacionais do Canil do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE), Cerys tinha 5 anos e oito meses. Segundo o Corpo de Bombeiros, ela morreu na madrugada em decorrência das consequências de uma leptospirose que a infectou.


“Ela estava com o protocolo vacinal em dia como sempre, no entanto, a leptospirose, embora seja coberta e imunizada com a Vacina V10, existe a capacidade de infecção devido à resistência da doença”, disse a assessoria da corporação ao g1.


Ainda de acordo com o órgão, o major Dyego Vieira ainda fez uma reanimação cardiopulmonar nela, e obteve sucesso, inicialmente. Contudo, ao chegar na clinica, ela perdeu a consciência e não resistiu.


Foi o major, inclusive, que fez parte da trajetória da Cerys na corporação de forma mais direta — e que esteve com ela nos momentos finais. Emocionado, disse que ela foi a pioneira nos métodos de resgate em locais dificultosos.


“É um momento de dor, mas também de grata satisfação de ter alcançado até hoje, junto com os meus colegas porque sem eles, nada disso seria possível. A Cerys foi a pioneira nessa atividade, nossa 01. Então o CBMAC tem um grande apreço e um carinho […] porque sabe da importância dos cães de busca, o quanto eles podem dar um alento a uma família que tá esperando encontrar um corpo em uma estrutura colapsada, em um deslizamento, numa região de mata”, falou.


 


Major Dyego Vieira foi um dos bombeiros que mais teve contato direto com a cadelinha Cerys — Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros

Major Dyego Vieira foi um dos bombeiros que mais teve contato direto com a cadelinha Cerys — Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros

O funeral da cadelinha ocorreu com a presença de outros militares que ajudaram no enterro.


“Parte a primeira, a pioneira, mas com certeza com a grande espera de encontrá-la novamente no local onde ela deva estar. Acho que se tiver um defeito que os cães apresentam é a de viverem poucos anos”, disse.


A corporação também lamentou a partida precoce da salvadora, que ia além de resgates. Cerys foi utilizada em busca de pessoas em região de mata, solenidades, dentre elas formaturas, recebimento de alunos e escolas para visitação, e cinoterapia em visitação do Pelotão de Cães a hospitais e escolas.


“Aqui no Acre, foi ferramenta essencial para o avanço das técnicas de busca e salvamento com cães. Pois com ela aprendemos todas as fases necessárias para treinar cães para realizar busca em escombros, soterramento e deslizamento de terra, além da varredura em cobertura vegetal”, falou a corporação.


Cerys era especialista em salvamento em locais dificultosos; ela tinha 5 anos e 8 meses — Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros

Cerys era especialista em salvamento em locais dificultosos; ela tinha 5 anos e 8 meses — Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros

 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Fonte: G1 Acre


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