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Bolsonaro defende CPMI do INSS em propaganda do PL e critica silêncio do PT

(Foto: Reprodução/YouTube/PL)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou o espaço partidário do PL na televisão aberta, na noite desta terça-feira (27), para defender a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.


Em um vídeo de 30 segundos, Bolsonaro afirma que os aposentados e pensionistas “não merecem esse tratamento” e que, para seu partido, “a aposentadoria é sagrada”.


“Quem rouba, não cuida. Queremos na CPMI, que o PT não assinou, esclarecer todos os assuntos e, mais ainda, cobrar de sindicatos e associações cada centavo surrupiado dos inativos e pensionistas”, disse Bolsonaro na peça publicitária.


Oposição pressiona instalação da CPMI

O pedido para criação da CPMI foi protocolado pela oposição em 12 de maio, com articulação da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e da deputada Coronel Fernanda (PL-MT). A base bolsonarista tem buscado dar tração à comissão no Congresso, sob o argumento de que fraudes em massa atingiram milhares de beneficiários da Previdência Social.


A ofensiva parlamentar ocorre em meio à operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em abril, que apura esquemas de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A ação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária em 13 estados e no Distrito Federal.


Paralelamente à investigação da PF, o governo federal afirma que desde 2023 a Controladoria-Geral da União (CGU) vem conduzindo auditorias em entidades que mantinham Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS. De acordo com a CGU, 29 entidades foram analisadas e, em entrevistas com 1.300 beneficiários, a maioria relatou não ter autorizado os descontos.


As auditorias revelaram ainda que 70% das entidades auditadas não entregaram a documentação exigida pelo INSS. Entre os problemas detectados estavam a falta de estrutura mínima para prestação de serviços e contratos assinados sem o consentimento dos segurados.


Crise provocou queda de Lupi e troca no comando do INSS

A repercussão do escândalo levou ao afastamento de seis servidores, entre eles o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e culminou na demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). Pressionado por parlamentares, Lupi deixou o cargo com o discurso de que as fraudes tiveram início no governo Bolsonaro e as investigações se intensificaram sob a gestão Lula.


A base petista, no entanto, ainda não endossou formalmente a CPMI, o que tem sido explorado pela oposição como sinal de resistência à apuração ampla no Congresso.


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