O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, sancionou nesta quinta-feira (15) a lei que autoriza a contratação de um empréstimo de R$ 67 milhões para a renovação da frota do transporte coletivo da capital. A proposta integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e, segundo o prefeito, Rio Branco foi uma das cidades selecionadas por ter capacidade de contrair o financiamento.
“O PAC selecionou alguns municípios brasileiros. E um dos selecionados foi Rio Branco, devido à capacidade da prefeitura de poder fazer empréstimo. Eles não iam selecionar um município que não tem capacidade de fazer empréstimo, porque jogariam o projeto fora”, explicou Bocalom. Segundo ele, como o financiamento é direto para o município, a operação tem juros mais baixos e prazos mais longos, o que reduz o impacto para a população. “Se fosse financiado para empresa privada, o prazo é menor e o juro é maior. Quem ganha é a população. Porque quanto menor o juro e maior o prazo, mais se consegue baixar o preço da passagem.”

Foto: Whidy Melo
A proposta foi aprovada na Câmara Municipal sem a presença dos vereadores de oposição, que estavam ausentes no momento da votação. Para o prefeito, a crítica da oposição é incoerente. “Não fomos nós que criamos esse projeto para comprar os ônibus, não. Quem criou o projeto foi o governo federal. Então, eles estão indo contra o próprio desejo do governo federal. Veja a incoerência nessa oposição. Para a oposição, se você pintar a rua de ouro, pode ter certeza que eles vão criticar, porque queriam ouro 24, não ouro 18.”
Bocalom também comparou a atual situação do trânsito em Rio Branco com a de cidades maiores. “Nossas avenidas estão lotadas de carro, moto, acidente toda hora. Sabe por que tem muito carro na rua? Porque o transporte coletivo realmente não é bom. Se você for a Curitiba, a diversas cidades grandes aí, muito maiores que Rio Branco, você vai ver muito menos carro na rua. Por quê? Porque o transporte coletivo é bom”, afirmou.
Segundo ele, a ideia é integrar a renovação da frota com as obras de mobilidade em andamento na capital, como viadutos e corredores de ônibus. “O objetivo é melhorar o transporte para que, no futuro, um ônibus saia lá da universidade, consiga chegar aqui no centro em 6 a 7 minutos. Um ônibus bom, com todos os viadutos que a gente está fazendo, para poder andar rápido.”
Bocalom chegou a dizer que, com um sistema eficiente, ele próprio deixaria o carro para usar o transporte coletivo. “Sendo uma via rápida, tendo ônibus novos, ônibus bons, até eu, que moro naquela região, ando de ônibus. Mas ando mesmo, porque é muito mais rápido, organizado, quietinho, não há risco de bater o carro nem nada. Posso mexer no meu celular, ir embora, chegar tranquilo. As cidades modernas hoje, que a gente não vê carros andando pela rua — estive lá na Europa, e o que eu vi foi isso”, finalizou.
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