A agenda da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, no Acre está suspensa, sem data pré-definida. A vinda dela foi anunciada em março. Viria ao Acre em abril ou maio. O cenário conturbado do comércio internacional em função da guerra tarifária entre Estados Unidos e China modificou as prioridades. “Não temos nada confirmado mais”, afirmou o secretário de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanipal Barbary de Mesquita.
A justificativa para a vinda da ministra seria para discutir com empresários locais as obras necessárias da Rota Quadrante Rondon. Entre as grandes obras, a construção da ferrovia integrando o Brasil ao Pacífico pelo Acre tem conquistado cada vez mais espaço.
“Pela primeira vez, nós temos uma possibilidade concreta porque estão considerando o Acre como uma passagem para essa ferrovia”, comemora o secretário de Indústria, antes de fazer uma ressalva. “Só que o detalhe é que será por Assis Brasil. Não é por Cruzeiro do Sul”. Uma missão chinesa deve vir ao Acre para fazer as primeiras avaliações.
Essa informação apresentada pelo secretário Assurbanipal Barbary de Mesquita tem impacto político. Não fazer a integração ferroviária via Juruá retira da agenda dos atuais parlamentares federais de oposição ao Governo Federal um ponto importante do debate sobre a integração com o Peru.
Na semana que vem, o secretário já tem agenda marcada com os representantes de uma agência de promoção das exportações da China. O encontro está agendado para o Rio de Janeiro. O gestor não adiantou quais os pontos da agenda.
O Brasil, assim como a Colômbia, não aderiu formalmente ao projeto chinês de integração denominado Nova Rota da Seda, composto por 140 países atualmente. A análise feita por especialistas é que a adesão direta poderia dificultar frentes de diálogo com o governo norte-americano, um importante parceiro comercial brasileiro.
Fonte:ac24agro
