O Relatório Anual de Desmatamento 2024 do MapBiomas, apresentado nesta quinta-feira, 15, na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), em Brasília, aponta que o Acre foi o único estado da Amazônia Legal que não reduziu o desmatamento no ano passado. Pelo contrário, registrou um aumento de 30% na área desmatada em relação a 2023.
O documento, que reúne os principais dados sobre a perda de vegetação nativa no Brasil, revela que a maioria dos estados amazônicos apresentou redução no desmatamento, com destaque para o avanço positivo na região. O Acre, no entanto, seguiu na contramão dessa tendência.
Apesar disso, a região da Amacro (Acre, Amazonas e Rondônia) teve redução de 13% no desmatamento em 2024, quando comparado ao ano anterior. Foram emitidos 5.753 alertas, totalizando 89.826 hectares desmatados.
O Pará continua liderando em termos de área desmatada no acumulado de 2019 a 2024, com quase 2 milhões de hectares (1.984.813,8 ha).
No panorama nacional, pela primeira vez desde o início da série histórica do MapBiomas Alerta, em 2019, houve queda na perda de vegetação nativa em todos os biomas do país — com exceção da Mata Atlântica, que se manteve estável.
Em 2024, a área total desmatada no Brasil recuou 32,4% em relação a 2023, enquanto o número de alertas validados caiu 26,9%. Foram validados 60.983 alertas, somando 1.242.079 hectares desmatados.
O tamanho médio das áreas desmatadas também diminuiu. Os alertas com mais de 100 hectares recuaram 31% em comparação ao ano anterior. O dia mais crítico foi 21 de junho, com 3.542 hectares desmatados em 24 horas. Ao longo de 2024, a média diária foi de 3.403 hectares, o que equivale a cerca de 141,8 hectares por hora.