A troca do médico que chefiou a cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi uma decisão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, atual presidente do PL Mulher.
“A dona Michelle quis que um amigo dela fizesse a cirurgia. Eu poderia operar, como fiz as cinco cirurgias anteriores. Mas é o direito dela”, disse Macedo à CNN.
A operação de mais de 12 horas realizada neste domingo (13) foi realizada pelo médico Cláudio Birolini, diretor de cirurgia geral do Hospital das Clínicas da USP. Ele substituiu o cirurgião Antônio Macedo, que acompanhava Bolsonaro desde 2018.
Macedo, que esteve na posse presidencial em 2019, só não havia participado da cirurgia de emergência realizada na Santa Casa de Juiz de Fora (MG), logo após a facada em 6 de setembro de 2018. Ao todo, Bolsonaro foi submetido a sete cirurgias em decorrência da facada.
O cirurgião chegou a acompanhar à distância o atendimento ao ex-presidente no Rio Grande do Norte, entre sexta (11) e sábado (12). Porém, soube que não estava na equipe quando a transferência de Bolsonaro foi feita para Brasília.
“Deixei o caso. Agora tem outro médico e eu respeito. Só opino se for chamado novamente”, disse.
Macedo disse ainda que não poderia fazer a cirurgia de Bolsonaro em Brasília, pois estava cuidando de outros pacientes.
“Não poderia passar uma semana em Brasília. Tenho meus pacientes aqui. Seria um desrespeito” afirmou.
A CNN procurou a ex-primeira-dama e o Hospital DF Star sobre a mudança dos médicos e aguarda o retorno.
Cirurgia de Bolsonaro
No domingo (13), Jair Bolsonaro tratou uma suboclusão intestinal. O quadro foi causado por uma obstrução parcial do intestino, em razão da formação de aderências que surgiram após as cirurgias feitas em decorrência da facada que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral.
O procedimento durou 12 horas. A duração da cirurgia, porém, era esperada, segundo a equipe médica que acompanha o ex-presidente.