O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aproveitou o episódio da internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (11) para enfatizar a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS). Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais durante uma agenda política no interior do Rio Grande do Norte e foi socorrido em uma unidade de saúde pública na cidade de Santa Cruz.
“Todo mundo sabe: na hora da emergência, chama o SAMU 192! Atendimento de urgência para salvar vidas de norte a sul. Criado pelo presidente Lula, para todos os brasileiros, cada vez maior e mais rápido! Viva o SUS!”, escreveu Padilha nas redes sociais.
O ex-presidente foi admitido no hospital local com um quadro de distensão abdominal e, em seguida, transferido para um hospital privado em Natal, onde permanece em observação e realizando exames para avaliar uma possível obstrução intestinal.
A declaração de Padilha carrega um forte simbolismo: ele usou o incidente para defender o caráter universal e gratuito do SUS, contrastando com as críticas que Bolsonaro fez ao sistema público durante seu governo. O socorro inicial, prestado pelas equipes do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), foi destacado como um exemplo da capilaridade e eficiência da rede pública de saúde em situações de emergência.
Criado em 2003, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o SAMU faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergências, contando com condutores-socorristas, técnicos em enfermagem, enfermeiros e médicos treinados para atuar em diversos tipos de ocorrências, incluindo casos clínicos, traumáticos, obstétricos e psiquiátricos.
A fala de Padilha também ocorre em um contexto de intensa disputa política, marcado pela ofensiva do PL em defesa da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro — uma pauta que o ex-presidente tem liderado pessoalmente no Nordeste.
