Marinho diz que INSS sairá fortalecido após investigação de fraudes em aposentadorias

Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (30) que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sairá fortalecido da crise gerada pela investigação da Polícia Federal sobre descontos indevidos em aposentadorias e pensões.


Segundo ele, o momento é de enfrentamento e correção de falhas, que devem resultar em melhorias no sistema. “Tenho certeza de que nós vamos passar por mais esse problema. Nós vamos virar essa página e o INSS vai ser mais forte”, declarou Marinho, durante entrevista ao programa Bom dia, Ministro, do Canal Gov.


A operação “Sem Desconto”, deflagrada na semana passada, revelou que ao menos R$ 6,3 bilhões podem ter sido movimentados ilegalmente entre 2019 e 2024 por meio de descontos não autorizados aplicados por sindicatos e entidades associativas diretamente nos benefícios pagos pelo INSS. O caso levou à exoneração do então presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, e motivou o governo a suspender todos os convênios com entidades que operavam esses repasses.


Marinho afirmou que o governo está comprometido com a punição exemplar dos envolvidos. “O governo vai até as últimas consequências para punir quem deve ser punido. Essa foi a palavra do ministro Lupi na Câmara dos Deputados. Quem errou tem de pagar”, reforçou. Ele também garantiu que a Polícia Federal tem “total liberdade” para conduzir as investigações e responsabilizar todos os envolvidos no esquema.


O ministro citou o colega Carlos Lupi, titular da pasta da Previdência Social, que na terça-feira (29) prestou esclarecimentos à Comissão de Previdência da Câmara dos Deputados.


Para Marinho, é essencial diferenciar as entidades legítimas das que agiram de má-fé. “Como tem dito o ministro Lupi, é hora de separar o joio do trigo. Temos que identificar as entidades sérias que representam verdadeiramente aposentados e pensionistas, e isolar aquelas com vocação para a malandragem, que se aproveitam da inocência das pessoas”, declarou.


A declaração de Marinho ocorre em um momento de forte pressão política e institucional sobre o governo, que tenta conter os efeitos da crise. Além da CPI solicitada pela oposição, a repercussão do caso provocou reações no Congresso e no setor produtivo, em meio a um ambiente já tensionado pela alta da inflação de alimentos e o desgaste da imagem do INSS.


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