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Lula critica tarifas dos Estados Unidos e diz que disputa com China virou “briga pessoal”

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva à imprensa. Hotel Sofitel Legend Metropole Hanoi - Vietnã. Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou nesta quarta-feira (9) como uma “briga pessoal” a guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China. Em declaração a jornalistas após participar da Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em Tegucigalpa, Honduras, Lula expressou preocupação com os impactos econômicos da escalada nas tensões comerciais.


“Nós, agora, estamos preocupados com as decisões unilaterais do presidente dos Estados Unidos. Nós não sabemos qual será o efeito devastador disso na economia, inclusive na norte-americana. Me parece que está ficando cada vez mais visível que é uma briga pessoal com a China”, afirmou.


Na mesma data, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou a elevação para 125% das tarifas sobre produtos chineses, em resposta a medidas retaliatórias de Pequim. O republicano manteve a tarifa de 10% sobre importações do Brasil e de outros países, mas com um prazo de 90 dias para negociação bilateral.


Crítica ao unilateralismo

Lula criticou duramente a estratégia dos Estados Unidos de firmar acordos isolados com diferentes países, dizendo que isso enfraquece o sistema de comércio global:


“Querer fazer negociação individual é colocar fim no multilateralismo. E é muito importante que as pessoas entendam que não é aceitável a hegemonia de um país – nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica, nem econômica sobre os outros.”


O presidente afirmou ainda que o Brasil responderá com reciprocidade caso seja afetado pelas medidas tarifárias, e não descarta levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC).


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