O jovem Rafhael Gomes da Silva, de 25 anos, vai a júri popular pela morte de Vicente Lima de Aguiar, de 60 anos, em 10 de julho do ano passado em Rio Branco. A decisão é da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco. Silva responde por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante emboscada e também por integrar organização criminosa.
De acordo com testemunhas, Silva foi até o comércio de Aguiar e pediu um salgado. Enquanto era atendido, ele disse à vítima que não estava lá para comprar alimento, mas sim matá-lo. Ele fugiu do local e foi preso pela polícia na manhã seguinte ao crime, no dia 11 de julho.
O Ministério Público (MP-AC) ofereceu denuncia contra o suspeito em 19 de agosto de 2024 e a justiça aceitou no dia 28 daquele mesmo mês.
“No curso das investigações, foi possível concluir que o crime foi motivado pela sangrenta guerra entre organizações criminosas travada naquele bairro, as quais visam expandir seus domínios territoriais, para assim poderem comandar o tráfico de entorpecente na região”, destacou o promotor Teotonio Rodrigues.
No processo, a defensora pública Barbara Araújo de Abreu alegou que o reconhecimento de Silva por testemunha foi falho, e que as provas reunidas pela investigação não são suficientes para pronunciá-lo a júri popular.
“O Ministério Público fundamenta sua tese acusatória na existência de indícios de autoria e materialidade. No entanto, os elementos apresentados são insuficientes para sustentar uma pronúncia, sobretudo diante das dúvidas que pairam sobre o reconhecimento do acusado e sobre as próprias imagens de segurança”, afirmou.
Fonte: G1 Acre