O Flamengo venceu pela primeira vez neste Brasileirão: um suado 2 a 1, hoje, diante do Vitória, no Barradão.
O placar veio graças a Arrascaeta e Bruno Henrique. Primeiro, o toque magistral de Arrascaeta — um gol de bico que remete ao que fizeram Ronaldo Fenômeno e Romário. Depois, a presença de área de Bruno Henrique.
E olha que o time de Filipe Luís saiu do sufoco já aos 42 minutos do segundo, depois de ter levado o empate com um chute desviado de Wellington Rato.
Poderia ter sido bem mais tranquilo. Muitas chances foram criadas pelo Fla, sobretudo no primeiro tempo.
Arrascaeta estava sem jogar desde a data Fifa, quando sofreu uma lesão na coxa direita quando estava com a seleção.
Depois de dois jogos, o Flamengo chegou aos quatro pontos. É um dos sete times com essa pontuação no momento.
O Vitória é o lanterna, com duas derrotas e nenhum ponto no Brasileirão.
Na próxima rodada, o Flamengo visita o Grêmio, domingo, domingo, às 17h30. Antes, na quarta-feira, tem o jogo contra o Central Córdoba, pela Libertadores, no Maracanã.
O Vitória, por sua vez, visita o Atlético-MG, também no domingo, às 20h30. Mas antes joga na Sul-Americana na quinta, contra o Defensa y Justicia.
Muitas chances e até bola no travessão
O Flamengo teve como boas notícias as voltas de Arrascaeta, Gerson e Wesley ao time titular — apesar de Bruno Henrique ter começado no banco.
Isso significou mais qualidade no passe e pelo menos quatro grandes chances criadas no primeiro tempo:
Gerson, dentro da área, e o goleiro Lucas Arcanjo defendeu.
Uma cabeçada muito perigosa de Cebolinha, após cruzamento de Wesley. Passou muito perto.
E duas vezes com Juninho. Na primeira, mais livre, o atacante equivocou-se no jeito de chutar e mandou para fora. Outra, pegando bonito de fora da área, mas ele parou no travessão.
Ou seja, o roteiro de baixo aproveitamento se repetiu e tem atormentado o Flamengo há alguns jogos. Apesar dos 63% de posse de bola.
O Vitória passou o primeiro tempo encurralado e tentou algumas raras escapadas. Só um chute de longe levou mais perigo a Rossi.
Como Filipe Luís tentou mudar o jogo
Em um Flamengo que rondava a área adversária sem tanto perigo, Filipe Luís recorreu a Bruno Henrique e Plata como primeiras substituições. Ou seja, um desenho com dois atacantes mais fixos na frente — a exemplo do que ocorreu contra o Deportivo Táchira, na Venezuela.
Mas, desta vez, a solução para a vitória foi diferente. E dos pés de um cara que nem tinha viajado para a Libertadores: Arrascaeta.
A destacar a pressão que o próprio uruguaio fez para recuperar a bola já na entrada da área do Vitória. Aguentou o tranco e deu uma solução genial: um biquinho no canto de Lucas Arcanjo.
Talvez, só se o goleiro tivesse asas para impedir o gol. Como requinte, a bola ainda passou entre as pernas do zagueiro antes de entrar.
Foi uma das últimas ações de Arrascaeta no jogo — saiu porque ainda está recuperando a melhor forma física.
Vitória reage
O Flamengo mudou de cara depois do gol, mas o Vitória também.
Thiago Carpini jogou o time para frente, colocou mais gente no ataque e aproveitou um momento de desaceleração do Flamengo para se dar bem.
Wellington Rato tinha entrado minutos antes. E acertou um chute de fora da área. O desvio matou Rossi e gerou o empate do time da casa.
Eufórico, Carpini deu um bico em uma das bolas na lateral do campo e foi expulso durante a comemoração.
Bruno Henrique salva
O Flamengo precisou mostrar serviço e se reorganizar. Em um momento no qual achou o Vitória mais aberto, acelerou a jogada pela esquerda. O cruzamento de Luiz Araújo foi à meia altura e certeiro para Bruno Henrique chegar como uma flecha. Alívio para o rubro-negro visitante.
Ao Flamengo, fica a lição mais uma vez de que precisa calibrar mais o pé, se não quiser passar sufoco.