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Dólar cai e vai a R$ 5,87, por ajustes de posições com desenrolar da guerra comercial

Notas de dólar (Ilustração: Jose Luis Gonzalez/Reuters)

O dólar à vista caiu ante o real nesta sexta-feira, com os investidores em busca de ativos de maior risco nesta sessão, mas ainda fechou a semana em alta, em meio à escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que têm elevado os temores de uma recessão econômica global.


A China retaliou as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, elevando de 84% para 125% as taxas sobre produtos norte-americanos, segundo comunicado divulgado nesta sexta pela Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado. Na véspera, o governo Trump confirmou à CNBC que as tarifas dos EUA sobre importações chinesas agora somam, efetivamente, 145%.


Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em baixa de 0,49%, a R$5,8698. Na semana, a moeda acumulou alta de 0,54%


Às 17h03, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a R$5,883 na venda.


Dólar comercial


  • • Compra: R$ 5,869
  • • Venda: R$ 5,869

Dólar turismo


  • • Compra: R$ 5,925
  • • Venda: R$ 6,105

O que aconteceu com dólar hoje?

Os ganhos do real ocorriam na esteira dos avanços de seus pares frente à divisa dos EUA, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno, que se beneficiavam das altas dos preços de commodities no exterior, como o minério de ferro.


Investidores também pareciam motivados a buscar ativos mais arriscados diante dos ganhos em mercados acionários, com avanços na Ásia e em futuros de Wall Street, repercutindo balanços fortes por parte de grandes bancos norte-americanos nesta sexta.


Após as fortes perdas entre emergentes na véspera, os agentes financeiros ainda aproveitavam para realizar lucros e ajustar suas posições ao fim de uma semana de extrema volatilidade em meio à incerteza comercial no exterior.


No Brasil, o dólar à vista havia fechado em alta de 0,89% na véspera, a R$5,8990.


“Estamos então seguindo em linha com o exterior. Futuros em Wall Street se recuperando, que foi o que derrubou a gente ontem. Então, natural esse ajuste”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.


O movimento da sessão ocorria apesar de nova escalada na guerra comercial entre EUA e China, que vinha deixando os investidores mais receosos ao risco em países emergentes ao longo da semana.


Mais cedo, a China aumentou suas tarifas sobre as importações de produtos dos EUA para 125%, revidando a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de aumentar as tarifas para a segunda maior economia do mundo a 145%.


O anúncio de Trump veio em resposta à imposição por Pequim de tarifa de 84% sobre as mercadorias dos EUA, quando a China retaliou uma imposição de tarifa anterior feita pelos EUA.


Na semana passada, Trump disse que colocaria taxa de 54% sobre o país asiático, levando a China a anunciar uma tarifa de 34% sobre os produtos norte-americanos. Em seguida, os EUA impuseram taxa de 104% sobre os produtos chineses, provocando a tarifa retaliatória de 84%.


Segundo Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank, as tensões comerciais também podem estar contribuindo para o enfraquecimento do dólar e de outros ativos dos EUA, como os Treasuries, uma vez que cresce a percepção de que a maior economia do mundo será prejudicada pela disputa.


Na seara nacional, o IPCA subiu 0,56% em março, em linha com esperado e pressionado por alimentos, enquanto o IBC-Br avançou 0,4% em fevereiro sobre o mês anterior, acima dos 0,15% previstos por uma pesquisa Reuters.


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