Caso Yara: delegado descarta polêmica sobre laudo e confirma filiação de bebê desaparecida

O delegado Alcino Júnior, responsável pela investigação do assassinato de Yara Paulino, ocorrido em 25 de março de 2025, no bairro Cidade do Povo, em Rio Branco, concedeu entrevista nesta quinta-feira (24) ao ac24horas para esclarecer informações que circularam nas redes sociais sobre o laudo do Instituto Médico Legal (IML). A polêmica sugeria que Yara não produzia leite materno, o que levantou especulações de que a criança registrada como sua filha, que está desaparecida, não seria dela.


Segundo o delegado, o laudo do IML não apresenta contradições com as evidências do caso. Ele explicou que, na data do crime, a criança já tinha cerca de quatro meses, o que justifica a ausência de indícios de produção de leite materno no corpo de Yara. “A produção de leite pode ter sido interrompida por diversos fatores, como a nutrição da mãe ou a falta de estímulo pela amamentação, que é um processo que se retroalimenta”, afirmou Alcino.


O delegado destacou que, no momento da análise do IML, não se sabia a data exata do nascimento da criança, o que gerou interpretações equivocadas. “Se fosse uma criança recém-nascida, com um ou dois meses, a ausência de vestígios de puerpério poderia levantar dúvidas. Mas, com quatro meses, isso é esperado”, esclareceu.


Além disso, Alcino confirmou a existência de uma certidão de nascido-vivo emitida pelo hospital, que comprova que a criança é filha de Yara. “Não há divergência com o IML. O laudo foi mal interpretado. Está superado qualquer questionamento sobre esse ponto”, enfatizou.


O caso segue em investigação, e ainda não há confirmação sobre o paradeiro da criança. O delegado reforçou que a polícia continua trabalhando para esclarecer todos os detalhes do crime e localizar a bebê.


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