A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta segunda-feira (29) a lista de testemunhas no processo criminal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado. Entre os nomes indicados estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ex-ministros do governo Bolsonaro.
A defesa enviou a resposta preliminar ao STF após Bolsonaro ser intimado na semana passada enquanto estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, para recuperação de uma cirurgia no intestino.
Além de Tarcísio, foram indicados como testemunhas o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde; o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil; o senador Rogério Marinho (PL-RN); e o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Bolsonaro também arrolou ex-comandantes das Forças Armadas, como o brigadeiro Carlos Baptista Júnior e o general Marco Antônio Freire Gomes. Em depoimento anterior à Polícia Federal, Baptista afirmou que Freire Gomes chegou a ameaçar prender Bolsonaro caso houvesse tentativa concreta de golpe.
Outro nome indicado foi Giuseppe Janino, ex-diretor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e responsável pelas urnas eletrônicas.
No documento enviado ao STF, a defesa do ex-presidente também contestou a forma como foi feita a sua intimação na UTI, afirmando que a citação “foi realizada de forma contrária” ao Código de Processo Civil e sem a devida anotação das advertências médicas nos autos.
Veja a lista completa de testemunhas indicadas:
- Amaury Feres Saad
- Coronel Wagner Oliveira da Silva
- Renato de Lima França
- Eduardo Pazuello
- Rogério Marinho
- Hamilton Mourão
- Ciro Nogueira
- Tarcísio Gomes de Freitas
- Gilson Machado
- General Marco Antônio Freire Gomes
- Brigadeiro Carlos Baptista Júnior
- General Júlio César de Arruda
- Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro
- Ricardo Peixoto Camarinha
- Giuseppe Dutra Janino
Em março, Bolsonaro e outros sete aliados tornaram-se réus no STF. Eles respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
