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Aneurisma da aorta abdominal: conheça a condição que pode ter causado tragédia

Na tarde de sábado, 26 de abril de 2025, Jackeline de Souza Costa, de 35 anos, faleceu após sofrer um mal súbito no quintal de sua residência, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco. Segundo relatos de familiares, a vítima, que enfrentava tuberculose e pneumonia, passou mal, vomitou grande quantidade de sangue e caiu desacordada. Apesar da rápida tentativa de socorro pelas crianças e vizinhos, Jackeline não resistiu. O médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Dr. Lucas, constatou o óbito, apontando como possível causa um aneurisma da aorta abdominal.


Mas afinal, o que é um aneurisma da aorta abdominal? Trata-se de uma dilatação anormal da parede da aorta, a maior artéria do corpo humano, na região do abdômen. Essa condição pode ser assintomática por anos, o que a torna especialmente perigosa, já que muitas vezes é descoberta apenas quando ocorre uma ruptura — evento frequentemente fatal. A aorta abdominal transporta sangue do coração para os órgãos inferiores, e sua ruptura pode causar hemorragia interna grave, como possivelmente ocorreu no caso de Jackeline, considerando o relato de vômito com grande quantidade de sangue.


imagem mostra fases de um aneurisma da aorta I

De acordo com especialistas, os principais fatores de risco para o aneurisma da aorta abdominal incluem idade avançada (mais comum após os 60 anos), tabagismo, hipertensão arterial, aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias), histórico familiar da doença e condições como doenças pulmonares crônicas. No caso de Jackeline, as doenças preexistentes, como tuberculose e pneumonia, podem ter sobrecarregado o sistema cardiovascular, embora não haja informações confirmadas sobre a relação direta com o aneurisma.


Os sintomas, quando presentes, incluem dor abdominal ou nas costas, sensação de pulsação no abdômen e, em casos de ruptura, dor intensa, queda de pressão arterial e choque. A ruptura é uma emergência médica, com alta taxa de mortalidade, especialmente se o atendimento não for imediato. No caso de Jackeline, a gravidade do quadro e a rapidez do evento impossibilitaram a intervenção médica a tempo.


O diagnóstico precoce é fundamental e pode ser feito por exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Para pessoas com fatores de risco, como fumantes ou indivíduos com histórico familiar, exames preventivos são recomendados. O tratamento varia de acordo com o tamanho e a gravidade do aneurisma, podendo incluir acompanhamento médico, medicamentos para controlar a pressão arterial ou cirurgia para reparar a aorta.


Casos como o de Jackeline, relatado em Rio Branco, reforçam a importância da conscientização sobre condições silenciosas como o aneurisma da aorta abdominal. A ausência de sintomas prévios e a rapidez com que a ruptura pode levar ao óbito destacam a necessidade de check-ups regulares, especialmente para pessoas com condições de saúde crônicas ou fatores de risco.


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