Após uma semana marcada por troca de críticas públicas, o senador Alan Rick (União Brasil) e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), evitaram dividir o mesmo palanque em atos realizados neste domingo, 6, em defesa da anistia aos presos do 8 de janeiro. Os dois participaram de manifestações diferentes na capital, reforçando os sinais de distanciamento político entre eles.
Enquanto Bocalom esteve no Afa Jardim, ao lado do senador Márcio Bittar (União Brasil) e de outras lideranças locais, Alan Rick optou por participar de um ato independente no hall da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), realizado pelo grupo “verdadeiros patriotas”, no Centro da cidade. No evento da Aleac, também esteve presente o deputado federal Coronel Ulysses (União Brasil).
A ausência de Alan Rick no ato comandado por Bocalom ocorreu dias depois de o senador ter acusado a prefeitura de colocar obstáculos em projetos de infraestrutura e saneamento, como o novo 7º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) e a proposta de erradicação dos lixões no estado. Em resposta, o prefeito criticou o modelo apresentado por Alan para resolver a destinação final do lixo nos municípios e disse que não colocaria Rio Branco e demais cidades em risco financeiro.
Apesar das aparições públicas separadas, Alan Rick negou que haja divisão no movimento pela anistia e afirmou que os atos ocorrem de forma paralela. “São movimentos, cada um com sua força, cada um com seu público. Não vejo motivo pra falar em divisão”, disse, ao ser questionado sobre sua ausência no evento do Afa Jardim.