Acre está entre os estados com piores índices de acessibilidade e mobilidade urbana, segundo o IBGE

Bruna Giovanna/Secom

Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o Acre está entre os estados com piores indicadores urbanos relacionados à mobilidade e acessibilidade. O levantamento faz parte do estudo “Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios”, que observou as condições das vias onde vivem 174,2 milhões de brasileiros em áreas urbanas.


No Acre, apenas 10,2% da população urbana reside em ruas com rampa para cadeirantes, percentual abaixo da média nacional, que é de 15,2%. O estado também apresenta um dos menores índices de calçadas sem obstáculos: só 5,6% da população mora em vias onde há calçamento acessível e livre de barreiras.


Outro dado que chama atenção é o da sinalização para bicicletas. No Acre, apenas 2,9% dos moradores vivem em locais com infraestrutura mínima voltada para ciclistas, como ciclovias ou ciclofaixas. Em comparação, Santa Catarina lidera com 5,2%, e a média nacional é de 1,9%.


Já a presença de calçadas ou passeios é um pouco mais expressiva no estado: 72% da população urbana vive em vias com algum tipo de calçamento. Ainda assim, o Acre continua abaixo da média do país, que é de 84%.


Segundo o IBGE, os quesitos observados nesta edição do Censo vão além da pavimentação das vias e incluem aspectos como drenagem, iluminação, sinalização e acessibilidade, compondo um retrato mais completo da qualidade de vida urbana no Brasil.


Cenário nacional

Os dados mostram que, apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta desafios importantes na infraestrutura urbana. Cerca de 27 milhões de pessoas (16% da população) vivem em ruas sem calçadas, e 59 milhões (34%) residem em locais sem nenhuma árvore. Além disso, mais da metade dos municípios brasileiros (54,1%) não possui qualquer tipo de sinalização para bicicletas. No total, apenas 1,9% da população brasileira vive em vias com essa estrutura, o que, segundo o IBGE, confirma uma infraestrutura ainda voltada majoritariamente para veículos motorizados.


A pesquisa completa está disponível no portal do IBGE, além das plataformas SIDRA, Panorama do Censo e Plataforma Geográfica Interativa (PGI), que permitem a visualização dos dados por meio de mapas interativos.


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