O governo do Acre realizou nesta segunda-feira, 24, a cerimônia de entrega de novos equipamentos para as unidades de saúde do estado e a sanção do Projeto de Lei nº 302/2024, que altera o nome da Fundação Hospital Estadual do Acre para Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo. O evento contou com a presença do governador Gladson Cameli, além de autoridades e familiares do homenageado. O investimento atinge R$ 1,9 milhão.
Os novos equipamentos foram destinados a unidades de saúde em Rio Branco, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Manoel Urbano e Brasileia, com o objetivo de fortalecer a infraestrutura hospitalar, melhorar o atendimento à população e garantir mais eficiência nos serviços de saúde pública. O Pronto-Socorro de Rio Branco foi a unidade que recebeu o maior investimento individual, totalizando R$ 330 mil, incluindo dois novos aparelhos de anestesia.
Entre os itens adquiridos, estão aparelhos de anestesia para cirurgias mais seguras, carros térmicos para armazenamento adequado de materiais, monitores multiparamétricos e desfibriladores para suporte avançado em emergências e demais equipamentos para UTI e centros cirúrgicos.
Em entrevista coletiva à imprensa, o governador Gladson Cameli (Progressistas) ressaltou a importância de homenagear aqueles que contribuíram para o desenvolvimento do estado. “Com toda certeza, é uma forma de relembrar as pessoas, quem foi aquela que sempre ajudaram o Estado. Cada governador que passou deixou uma marca, cada governador que passou ajudou que o Estado desenvolvesse. Seja um lado que a população depois não lembre, seja por outro”, afirmou Cameli.
Foto: Sérgio Vale/ac24horas
O governador destacou o legado de Flaviano Melo, não apenas como ex-chefe do Executivo estadual, mas também por sua trajetória na política acreana. “Eu quero ter essa consciência de que a memória das pessoas que sempre contribuíram, que fizeram o que tinha que ser feito em cada um na sua época, é que nós temos que relembrar. E o Flaviano, não somente como governador, a Fundação Hospitalar, ela foi uma marca do seu governo na época. E você vê o sucesso que é a Fundação hoje”, relatou.
Cameli também enfatizou que a iniciativa busca reconhecer aqueles que ajudaram a construir o estado. “Então, é o mínimo que eu posso fazer, como chefe do Executivo que estou, é homenagear as pessoas que sempre ajudaram, que assumiram o cargo, por exemplo, como ele de governador, que depois foi deputado, senador, prefeito da capital e governador, como foi dito. Então, quero aqui agradecer de coração a todos os amigos, a toda a população do Estado. Não houve uma crítica, pelo contrário, foram elogios. Isso aí é a nossa iniciativa, relembrar quem colaborou com o sucesso do Acre”, destacou.
Foto: Sérgio Vale/ac24horas
O Chefe do Executivo também relembrou momentos de convivência com Flaviano Melo e a importância da experiência dos que já governaram o estado. “Com toda certeza. E, assim, comentava agora com o Leonardo, o filho dele, que o Flaviano, a gente podia. ‘Ele se acalme qualquer jeito dele’. Eu, na ansiedade da política, ele já com uma experiência. Eu digo que toda pessoa tem que, às vezes, ouvir as pessoas que aqui já comandaram, que ninguém é dono da razão. Então, sempre foi uma pessoa muito amiga, sempre chamou atenção quando tinha que chamar, sempre falou muito positivo”, afirmou.
O governador aproveitou o momento para reforçar sua gratidão à equipe governamental e seu compromisso com a descentralização dos serviços de saúde. “É isso que nós queremos, que a nossa equipe, por isso que eu sou muito grato, então, onde eu passo, elogiando sempre a equipe governamental, de secretários, por cada um na sua área, executando aquilo que tem que executar para diminuir as diferenças e ajudar mais as pessoas. A regionalização, para mim, ela sempre foi uma bandeira que eu levantei”, observou.
Foto: Sérgio Vale/ac24horas
Cameli ressaltou os avanços na saúde pública, com a ampliação do atendimento nas regionais, reduzindo a necessidade de deslocamento para a capital. “Hoje, um paciente do interior, em determinada região, não tem a necessidade de vir mais para a capital para fazer tratamento de câncer, por exemplo, como outros tratamentos. E a ideia é cada região ter o mesmo direito que as demais, para que a gente possa, cada vez mais, diminuir as diferenças”, pontuou.
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Finalizando sua fala, o governador elogiou o trabalho do secretário Pedro Pascoal e da presidente da Fundhacre, Soron Angélica Steiner. “Parabenizar tanto o secretário Pedro, com toda a sua equipe, a Sólon, que está aqui na frente da Fundação Hospitalar, por todo o compromisso que está tendo em cuidar das pessoas. Esse é o meu objetivo.A maior obra do meu governo é cuidar das pessoas”, encerrou.
O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, destacou o investimento de mais de R$ 30 milhões desde o início da segunda gestão do governador. Segundo ele, os recursos são oriundos de fundos recuperados da época da pandemia de Covid-19. “Esses equipamentos chegam em uma boa hora, no momento em que estamos estruturando os regionais e ampliando serviços, levando saúde para os pacientes ao invés de trazê-los até a saúde e desafogando nossos centros. A Fundação Hospitalar é um hospital terciário, quaternário, de alta complexidade, que trata o doente grave e precisa trabalhar com condições, e a melhor condição hoje são equipamentos de ponta, atendendo pacientes nas regionais, nos seus municípios e, consequentemente, levando saúde melhor para todos”, relatou.
Foto: Sérgio Vale/ac24horas
Questionado sobre o tipo de equipamentos entregues e o destino das unidades, o secretário detalhou. “Para as nossas 40 unidades, são equipamentos como beços, camas, carrinhos de anestesia, desfibriladores, ventiladores pulmonares, tudo isso. Todos os equipamentos que envolvem a alta complexidade, o paciente grave”, relatou.
Pedro Pascoal também reforçou a importância dos recursos recuperados. “O próprio recurso recuperado do Covid, que estava perdido, nós conseguimos, em conversa com o estado da saúde, recuperar. São também recursos de emendas parlamentares de bancadas federais e estaduais”, relatou.
Foto: Sérgio Vale/ac24horas
A presidente da Fundhacre, Soron Angélica Steiner, ressaltou o compromisso do governo com a saúde pública. “Nós estamos vendo na prática que, de fato, a saúde é uma pauta prioritária para o governo. A Fundação, recebendo esses equipamentos, e vamos fortalecer ainda mais nosso parque tecnológico. Com os equipamentos entregues às regionais de saúde, vamos diminuir a demanda reprimida aqui na Fundação Hospitalar, para que possamos focar ainda mais nos procedimentos de alta complexidade. A pauta do nosso governador, criada pelo nosso secretário Pedro Pascoal, é a regionalização e o fortalecimento das unidades, modernizando essa ação de serviço de assistência à saúde”, observou.
Sobre a mudança no nome da Fundação, Soron Angélica considerou o momento simbólico. “Nós estamos vendo como muito positivo, honrando, de fato, o ex-governador Flaviano Melo, que em 1989 acreditou na Fundação Hospitalar como instituição, e hoje podemos ver a diferença que ela faz na vida das pessoas. Honrar, nomeando a Fundação com o nome do governador Flaviano Melo, é mais do que merecido, não só para ele, mas para os familiares que continuam aqui e que podem ver que, de fato, a memória dele vai se perpetuar através desse momento”, relatou.
Foto: Sérgio Vale/ac24horas
Leonardo Melo, filho de Flaviano Melo, também falou emocionado sobre a homenagem ao pai ex-governador Flaviano Melo. “Representa uma vida de luta, de coragem, de honradez. E olha como são as coisas: ele fez a Fundação Hospitalar há mais de 30 anos e está aí hoje. Naquela época, as pessoas diziam que a Fundação era um elefante branco, que aquilo nunca ia dar certo, e está aí hoje ajudando, dando guarida para as pessoas que precisam. Isso representa, de verdade, uma vida toda de dedicação e amor pelo Acre. Hoje se faz tudo aqui. Quando o papai Flaviano teve que ser transferido para o INTO, ele passou a noite lá porque não pôde vir para a Fundação Hospitalar, que não tinha unidade cardiológica. Eu acredito que, daqui a pouco, vai ter uma unidade cardiológica. Quantos pais, assim como o meu, precisam ser tirados do nosso estado? Temos transplantes, ainda bem, graças a Deus, mas precisamos sempre olhar para a frente. Ao longo dos anos, todos os governos vêm investindo, mas tem que andar pra frente”, encerrou.
