Nesta sexta-feira, 7, uma Associação representando adquirentes de apartamentos do empreendimento Parkia Boulevard Residencial Clube procurou o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) para denunciar a construtora Elite Engenharia em razão do atraso na entrega de imóveis adquiridos na planta. Segundo a denúncia da comissão formada por clientes que se sentiram lesados, os imóveis deveriam ter sido entregues em maio de 2024, mas as obras estão paralisadas desde 2023.
Os clientes foram recebidos pela procuradora de Justiça para Assuntos Administrativos e Institucionais, Rita de Cássia Nogueira, pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), promotor de Justiça Bernardo Albano, e o promotor de Justiça José Ruy Lino Filho, titular da 3ª Promotoria Criminal, e substituto da Promotoria de Defesa do Consumidor. Escritório Longuini, Kalil, Rigaud e Gonçalves Sociedade de advogados representa a associação judicialmente.

Foto: Whidy Melo/ac24horas.com
Durante a reunião, os representantes do MP ouviram os relatos e ressaltaram que o caso será analisado para adoção das medidas cabíveis. Inicialmente, poderá ser formado um grupo de trabalho para apurar os fatos e garantir a reparação do patrimônio dos consumidores lesados. “É um assunto que envolve várias áreas, então temos que nos debruçar sobre isso para, neste primeiro momento, garantirmos a reparação do patrimônio dos consumidores”, destacou.
O ac24horas apurou que desde 2003, dezenas de clientes já acionaram a Elite Engenharia na justiça em busca de reaver seus investimentos. Com dívidas superiores a R$ 10 milhões, o Grupo Elite está em recuperação judicial, porém a incorporadora, responsável pela obra, não está.
A reportagem apurou junto a clientes que a empresa arrecadou a construção do empreendimento cerca de R$ 36 milhões, mas teria investido na obra cerca de R$ 8 milhões.

Foto: Whidy Melo/ac24horas.com
Os valores arrecadados na venda dos apartamentos deveria ser usados apenas na obra do Parkia até a conclusão da obra, o que não foi feito, segundo apurou o ac24horas. Os recursos teriam sidos desviados para outras finalidades e não da obra específica.
O ac24horas tentou contato com representantes da empresa, mas até o fechamento, nenhum foi encontrado. O espaço segue aberto caso a empresa queira se manifestar.

Foto: Whidy Melo/ac24horas.com
A reportagem ainda apurou que a empresa procurou individualmente cada uma dos clientes e alegou que não terminaria o empreendimento porque o preço do material tinha subido bastante na pandemia e para terminar, as pessoas teriam que aumentar o valor pago pelo empreendimento. A empresa jamais se comprometeu a devolver o dinheiro já investido pelos clientes.