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Dólar hoje avança na contramão do exterior com tarifas de Donald Trump em foco

O dólar operava com alta ante o real nesta segunda-feira (24) após abertura negativa, na esteira da baixa volatilidade nos mercados de câmbio globais, à medida que os investidores aguardam novas notícias sobre os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.


Qual é a cotação do dólar hoje?

Às 10h53, dólar comercial subia 0,13%, aos R$ 5,724 na compra e na venda. Na B3 o dólar para abril – atualmente o mais líquido no Brasil – subia 0,12%, aos 5.740 pontos.


Dólar comercial


  • • Compra: R$ 5,724
  • •  Venda: R$ 5,724

Dólar turismo


  • •  Compra: R$ 5,777
  • •  Venda: R$ 5,957

O que aconteceu com dólar hoje?

Após fechar em alta na última sexta-feira, a divisa americana volta a subir ante o real, com traders de olho em novas tarifas de Trump.


Notícias da Bloomberg News e do The Wall Street Journal apontaram que as tarifas americanas devem ser mais focadas e menos abrangentes do que havia sido cogitado pelo presidente Donald Trump.


Desde o retorno do presidente norte-americano à Casa Branca, os movimentos de Trump em relação aos seus planos tarifários têm sido marcados por incertezas, ameaças e recuos, elevando a volatilidade nos mercados à medida que os investidores tentam avaliar o impacto das tarifas.


Após uma série de ameaças, as únicas tarifas que já entraram em vigor foram a taxa de 20% sobre importações chinesas, a tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio, e as taxas de 25% sobre produtos de Canadá e México que violem regras de um acordo comercial entre os países da América do Norte.


Analistas temem que as medidas comerciais possam gerar uma guerra comercial global, elevando os preços de mercadorias e provocando uma recessão nos EUA, cuja atividade econômica vem mostrando sinais de desaceleração.


“A notícia de que as tarifas podem ser mais direcionadas está deixando a moeda brasileira de fora do otimismo em relação ao dólar, uma vez que o Brasil se destaca por ter um dos maiores regimes tarifários”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.


“Nações com desequilíbrios comerciais em relação aos EUA já estavam no radar como alvos prioritários das tarifas, especialmente os países do G20”, completou.


Na cena doméstica, os investidores têm acirrado os temores com a trajetória das contas públicas, já que o governo considera medidas para reduzir os preços dos alimentos em meio à queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Os agentes do mercado ainda aguardam a ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central, a ser divulgada na terça, depois que os membros da autarquia elevaram a Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, pelo terceiro encontro consecutivo na semana passada.


Mais cedo, analistas consultados pelo BC reduziram as projeções para a inflação e o crescimento da economia brasileira neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.


O levantamento mostrou que a expectativa para o IPCA é de alta de 5,65% ao fim deste ano, de 5,66% na pesquisa anterior, enquanto a previsão para o PIB brasileiro é de crescimento de 1,98% em 2025, abaixo da expansão de 1,99% projetada na semana anterior.


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