O dólar à vista opera com forte desvalorização nos primeiros negócios desta quarta-feira (5), na volta do Carnaval, diante de dados fracos vindos dos EUA e das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que devem desacelerar a economia, levar a cortes de juros e enfraquecer o dólar.
Investidores continuam atentos aos desenvolvimentos do crescente conflito comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros, um dia depois que as tarifas prometidas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sobre Canadá, México e China entraram em vigor, gerando retaliações.
Na frente de dados, criação de vagas de trabalho no setor privado dos Estados Unidos desacelerou acentuadamente em fevereiro, segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP divulgado nesta quarta-feira.
A economia dos EUA abriu apenas 77.000 vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de 186.000 em janeiro em dado revisado para cima.
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 13h28, o dólar comercial caía 1,95%, a R$ 5,800 na compra e R$ 5,801 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 1,33%, a 5.831 pontos.
Dólar comercial
- • Compra: R$ 5,800
- • Venda: R$ 5,801
Dólar turismo
- • Compra: R$ 5,946
- • Venda: R$ 6,126
O que aconteceu com o dólar hoje?
Como anunciado anteriormente por Trump, os EUA impuseram na terça-feira tarifas de 25% sobre importações canadenses e mexicanas e uma taxa adicional de 10% sobre produtos chineses — acumulando 20% no total –, o que provocou ações retaliatórias por parte do Canadá e da China.
O México, por sua vez, também prometeu retaliação, mas a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, disse que fornecerá mais detalhes no domingo.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará um anúncio ainda nesta quarta-feira sobre as tarifas impostas sobre Canadá e México, à medida que Trump avalia a possibilidade de alívio para alguns setores, como o automobilístico, disse o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.
Em uma entrevista à Bloomberg TV, Lutnick disse que Trump tomará a decisão final sobre a concessão de qualquer alívio a determinados setores, mas que a tarifa de 25% permanecerá com o objetivo de renegociar o acordo comercial com os dois países vizinhos no próximo ano.