Segundo a pesquisa PoderData, divulgada nesta sexta-feira (21), 50% dos eleitores que afirmam conhecer Rosângela Janja da Silva, primeira-dama do Brasil, desaprovam sua participação no governo de seu marido, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A desaprovação aumentou 3 pontos percentuais nos últimos seis meses, embora o aumento esteja dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2 pontos para mais ou para menos.
A pesquisa, realizada entre os dias 15 e 17 de março de 2025, mostrou que 29% dos eleitores aprovam a atuação de Janja no governo e 21% não souberam responder. A rejeição é mais acentuada entre eleitores do Norte (57%), acima de 60 anos (53%) e com renda de 2 a 5 salários mínimos (53%).
Desde o início do terceiro mandato de Lula, a primeira-dama se tornou mais conhecida entre os brasileiros. Em setembro de 2022, 63% dos eleitores afirmavam conhecê-la, mas agora esse número subiu para 83%, sendo 46% “de ouvir falar” e 37% a conhecem “bem”. Apenas 17% dos eleitores não conhecem Janja.
Apesar de não ter um cargo oficial no governo, Janja tem se destacado com sua agenda internacional. Já viajou para as Olimpíadas, Qatar, a Assembleia Geral da ONU e está atualmente no Japão, acompanhando a preparação para a visita de Lula ao país. Essa agenda intensa e presença no Executivo chamaram atenção, despertando críticas, principalmente da oposição e de adversários nas redes sociais.
Mais recentemente, Janja foi cobrada por maior transparência em suas atividades, o que a levou a começar a divulgar sua agenda no Instagram. No entanto, a conta foi fechada e ela parou de publicar suas atividades diárias.
Além disso, sua postura tem sido criticada por aliados do governo, que a acusam de isolar o presidente e de blindá-lo. As críticas se intensificaram ainda mais após a queda na popularidade de Lula.
A pesquisa foi realizada com 2.500 pessoas em 198 municípios de todas as 27 unidades da Federação.