Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 19, no Parque de Exposições Wildy Viana, o prefeito Tião Bocalom (PL) e o coordenador municipal da Defesa Civil de Rio Branco, Cláudio Falcão, comentaram a atual situação do Rio Acre, que vem apresentando sinais de vazante desde terça-feira (18).
Segundo os dois gestores, a Defesa Civil e a Prefeitura de Rio Branco seguem em alerta, uma vez que novas chuvas podem provocar um novo aumento do volume do rio até o início de abril.
O coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, explicou que, apesar da baixa temporária, ainda há um grande volume de água descendo pela bacia hidrográfica. “Nós temos vazante em todos os pontos de monitoramento, incluindo o Riozinho do Rola. Essa água toda vai passar por Rio Branco e, quando chegar aqui, tende a aumentar novamente. Mas esperamos que, enquanto essa nova onda não chega, possamos ter uma vazante de pelo menos um metro. Assim, mesmo que o nível suba novamente, ele não ultrapassará a marca máxima de 15,88 metros, o que significa que não precisaremos retirar mais famílias”, observou.
Falcão também destacou que a quantidade de chuva registrada entre os dias 17 e 19 de março foi menor do que o esperado, o que ajudou na vazante do rio. Além disso, a limpeza das áreas desalagadas já começou, mas a equipe da prefeitura trabalha com a possibilidade de novas elevações do nível da água.
“Nós temos previsão para que continue chovendo, mas o que tem se apresentado no modelo meteorológico é que está chovendo abaixo do que estava previsto. Isso também é uma boa notícia, mas nós precisamos deixar todo mundo em alerta, uma vez que até o final de março, início de abril, pode acontecer um pico novamente. Lembrando que em 2023, aliás em 2024, nós tivemos o pico dia 1º e 2º de abril. É uma data que ainda vem pela frente. Então, até terminar, pelo menos a primeira semana de abril, nós estamos totalmente alerta porque o cenário pode mudar”,. observou.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), celebrou a melhora no cenário, mas reforçou que o município seguirá atento. “É um alívio. Para as famílias também é um alívio. Com isso, podemos começar a nos programar para, daqui a alguns dias, quando o rio baixar de vez, limpar tudo e permitir que essas famílias retornem para suas casas. Temos pessoas aqui no Parque de Exposições e também em escolas. Tomara a Deus que não tenhamos chuvas pesadas nos próximos dias, porque, quando o rio baixa bem, ele tem calha para receber mais água. Esperamos que essa cheia não se repita”, pontuou.