Cameli faz apelo por corrente de ações de combate ao feminicídio no Acre

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

O governador do Acre, Gladson Cameli, fez um apelo público na tarde desta terça-feira (25) em favor de uma corrente de ações de combate ao feminicídio no Acre, e disse que o único número aceitável para o crime é zero.


“Fazer um apelo a uma campanha que eu comecei fazer por conta própria sexta-feira (21) em uma agenda lá em Cruzeiro do Sul. Aos homens, eu não posso aceitar jamais que estamos em março de 2025 e temos um alto índice de feminicídio. Vamos juntos fazer uma corrente de ações, não só querer arrumar culpado, não só querendo culpar o poder público, mas temos que plantar sementes para que não possamos dizer ‘não, diminuirmos 80%’, não! Nós temos é que zerar, porque eu não posso maltratar uma mulher, uma mãe que se dedica, uma namorada, uma companheira”, apelou o governador.


Segundo lugar no ranking nacional do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública – Sinesp como o estado com menos crimes violentos contra a vida, o Acre registrou de janeiro a dezembro do ano passado 168 vítimas. Desse total, 8 foram casos de femicídio.


De 2018 até dezembro de 2024, o estado do Acre contabilizou 77 feminicídios consumados e 111 tentativas de feminicídio, de acordo com dados oficiais do “Feminicidômetro” do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC).


Dados avaliados pela reportagem do ac24horas em janeiro de 2025, 72% das vítimas tinham filhos, somando um total de 118 crianças órfãs. 21% não tinham filhos, e 7% das informações sobre maternidade não foram informadas.


Durante o período de 2018 a 2024, os dados apontam que:


• 75% dos crimes ocorreram na residência da vítima.
• 17% aconteceram em via pública.
• 4% ocorreram em área comercial.


Em relação à cor e etnia das vítimas:


• 86% preta/parda.
• 11% branca.
• 3% indígena.


Meios utilizados nos crimes


• 60,56% das vítimas foram mortas com arma branca.
• 29,58% com arma de fogo.
• 9,86% por outros meios.


Distribuição dos casos


• 63% ocorreram no interior.
• 37% na capital, Rio Branco.


As profissões mais frequentes entre as vítimas incluem:


• Do lar: 21 casos.
• Autônomas: 6 casos.
• Estudantes: 10 casos.
• Empregadas domésticas: 3 casos.
• Outras profissões registradas incluem agricultoras, bancárias, manicures, assistentes legislativos, entre outras.


Os municípios com maior número de feminicídios consumados foram:


• Rio Branco: 26 casos.
• Tarauacá: 7 casos.
• Cruzeiro do Sul: 6 casos.
• Feijó: 4 casos.
• Mâncio Lima e Rodrigues Alves: 3 casos cada.


Situação jurídica dos autores de feminicídios registrados no Acre entre 2018 e janeiro de 2024:


• Absolvido: 1 caso.
• Autor morto: 3 casos.
• Condenados: 31 casos.
• Condenado por lesão corporal: 1 caso.
• Foragidos: 8 casos.
• Em liberdade provisória com monitoramento eletrônico: 1 caso.
• Presos preventivamente: 12 casos.
• Respondendo em liberdade: 2 casos.
• Sancionados: 3 casos.
• Suicidaram-se: 8 casos.


Com a colaboração de Saimo Martins.


 


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