Um levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC), em parceria com o Instituto Data Control, revelou que 66,3% dos trabalhadores em Rio Branco, capital do Acre, possuem carteira assinada.
A pesquisa traçou um panorama detalhado sobre o mercado de trabalho da população economicamente ativa da capital acreana. Divulgado em 8 de março de 2025, o estudo entrevistou 200 pessoas e apresentou dados sobre emprego, renda, escolaridade e deslocamento para o trabalho.
A pesquisa mostrou que 52% da população ativa está empregada formalmente, enquanto 24% dos entrevistados declararam estar desempregados. Entre esses:
- 29,2% realizam trabalhos temporários;
- 14,6% procuram emprego há menos de um ano;
- 49,2% buscam recolocação há mais de dois anos.
Além disso, 9% dos trabalhadores empregados mudaram de trabalho nos últimos 12 meses, enquanto 73% permanecem no mesmo emprego.
O estudo apontou que 60,5% dos entrevistados têm entre 16 e 44 anos, sendo a maioria mulheres (54%). Sobre escolaridade, 58,5% concluíram algum nível de ensino, enquanto 41,5% ainda estão estudando.
Renda e Setores de Atuação
Em relação à renda, a pesquisa indicou que:
- 59,5% dos entrevistados ganham até R$ 1.412,00 por mês;
- Apenas 0,5% recebem mais de R$ 7.070,00 mensais.
O setor de serviços emprega a maior parte da população (30,5%), seguido pelo comércio (19%) e pelo serviço público (12%). Já a indústria (2%) e o agronegócio (1,5%) apresentam menor participação no mercado de trabalho.
A insatisfação salarial também foi um ponto destacado no levantamento:
40,5% dos trabalhadores consideram seus rendimentos insuficientes para cobrir as despesas mensais;
21,5% afirmam que a renda cobre apenas parte das necessidades.
Mobilidade e Benefícios Sociais
A pesquisa também abordou o deslocamento até o trabalho, revelando que 32,5% dos entrevistados consideram a distância percorrida grande. O transporte coletivo é o meio mais utilizado (30,5%), seguido por motocicletas (17%) e bicicletas (9,5%).
Além disso, 49% dos entrevistados informaram que pelo menos uma pessoa em sua residência recebe benefícios sociais, sendo o Bolsa Família o mais comum (81,1%).
Sobre os gastos domésticos, 54% dos entrevistados afirmaram ser os únicos responsáveis pelo sustento da casa. Outros 41,5% dividem as despesas com mais uma pessoa, enquanto 3,5% compartilham com duas pessoas e 1% com três pessoas.