O Sindicato dos Policiais Penais do Acre (Sindpol/AC) divulgou, nesta quarta-feira (19), uma nota pública manifestando insatisfação com a condução do caso envolvendo o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC), Marcos Frank, investigado pelo Ministério Público do Acre (MPAC) por suposta autoria de disparos contra o carro de uma empresária em fevereiro de 2024.
O sindicato questiona a demora na apuração do caso e critica a diferença de tratamento em relação aos policiais penais. Na nota, o Sindipol, representado pelo presidente Leandro Rocha, disse que não entra no mérito das denúncias contra o presidente do Iapen, mas levanta questões sobre a condução do caso e a falta de valorização da categoria.
“Se fosse um Policial Penal, já estaria exonerado”, afirma o sindicato, destacando o que considera um tratamento desigual em comparação a outras categorias.
Nesta quarta-feira, o ac24horas divulgou que, o caso envolvendo o presidente do Iapen ganhou um novo capítulo, é que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil descobriu que os estojos da munição usada no crime, que seriam fundamentais para a identificação da arma utilizada, foram retirados da cena do crime por um assessor de inteligência e análise criminal da Polícia Militar.
O sindicato aponta duas principais questões que geram desconforto entre os policiais penais. A primeira é a substituição de um policial penal na presidência do Iapen sem a nomeação de outro profissional da mesma categoria para o cargo.
A segunda é a demora na criação da Direção Geral de Polícia Penal (D.G.P.P.), órgão que, segundo o sindicato, é fundamental para a valorização e organização da categoria. “Não sabemos a quem interessa a não criação da D.G.P.P., mas isso causa um grande desconforto para os policiais penais”, afirma a nota.
Leandro Rocha reforçou que a categoria não aceitará ser desvalorizada e cobra respostas do governo sobre as questões levantadas. “Seguimos firmes na luta pelo reconhecimento e respeito aos Policiais Penais do Acre”, afirmou o sindicato.