O delegado de Polícia Civil e presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), Marcos Frank Costa e Silva, foi denunciado pelo Ministério Público do Acre após, segundo investigação, ingerir bebida alcoólica e atirar cinco vezes em um carro que estava estacionado “por muito tempo” perto de sua residência. A denúncia é de outubro de 2024, mas só agora o ac24horas teve acesso aos autos.
De acordo com o inquérito confeccionado pela corregedoria geral de Polícia Civil do Acre, no dia 24 de fevereiro de 2024, uma empresária proprietária de uma empresa de móveis planejados estacionou seu veículo numa rua do loteamento Bom Sucesso, na região da baixada, para acompanhar a instalação de um serviço, quando por volta das 18h ouviu disparos de arma de fogo em via pública. Momentos depois, os ocupantes da casa e a empresária foram à rua e viram que os tiros foram direcionados à porta de seu carro, de forma agrupada, o que evidenciaria a expertise do atirador.
Assustada com o ocorrido, a vítima relatou o que aconteceu a um conhecido seu, identificado como policial militar major Evilásio, que descobriu que um delegado teria mandado atirar no veículo, pelo fato do automóvel ter ficado parado muito tempo perto da residência dele. Por iniciativa própria, a empresária tomou conhecimento de que o delegado vizinho ao imóvel onde o carro estava estacionado é Marcos Frank.
Posteriormente, major Evilásio chegou a intermediar um acordo financeiro para o ressarcimento dos danos ao veículo, que ficou orçado em R$ 14.500,00, mas ao saber do valor, Frank teria negado arcar com o prejuízo.
Na análise do caso, o Ministério Público ofereceu denúncia a Marcos Frank, apresentando imagens de câmeras de segurança que captaram o momento dos disparos e afirmando ainda que, mais cedo naquele dia, Frank havia ingerido bebida alcoólica, e ainda que o denunciado já praticou a mesma conduta de disparar arma de fogo após o consumo de bebida alcoólica quando residia em Sena Madureira.
O ac24horas procurou Marcos Frank, que não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento dessa matéria. O espaço permanece aberto.
