Presidente da Colômbia denuncia plano de narcotraficantes para matá-lo com mísseis

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro 22/01/2025 REUTERS/Marckinson Pierre

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou nesta terça-feira um plano de narcotraficantes para matá-lo derrubando seu avião com mísseis recentemente adquiridos, em retaliação à luta de seu governo contra as máfias envolvidas na produção e no tráfico de cocaína.


“Você sabe que eles querem disparar um míssil contra meu avião, que os narcotraficantes compraram e estão guardando em algum lugar”, disse Petro, durante a posse do novo diretor da Polícia Nacional, o general Carlos Fernando Triana.


“Não um, mas dois mísseis. Sabemos quem são, mas temos que agir”, disse o presidente colombiano, sem entrar em detalhes ou apresentar provas da acusação.


Petro, primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, recebe proteção, como seus antecessores, de um forte aparato de segurança, que inclui veículos blindados e dezenas de escoltas.


A Colômbia, rodeada por dois oceanos, é considerada a maior produtora mundial de cocaína, uma atividade ilegal praticada por guerrilhas de esquerda, gangues criminosas formadas por ex-paramilitares de direita e cartéis locais e internacionais, como alguns do México, segundo fontes de segurança.


O narcotráfico é considerado o combustível que alimenta o conflito interno de seis décadas que matou mais de 450 mil pessoas e deixou milhões desabrigados.


Em 2024, os militares e a Polícia Nacional apreenderam um recorde de 883,3 toneladas de cocaína, enquanto no final de 2023 a Organização das Nações Unidas relatou 253.000 hectares cultivados com folhas de coca em áreas montanhosas e de selva do país.


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