O tenente da reserva remunerada da Polícia Militar do Acre, Jorge Sidney de Oliveira Barbosa, 56 anos, acusado de ter matado o próprio cunhado, Joel Martins de Lima, 21 anos, com um tiro na noite do último sábado (8), em Rio Branco (AC), se apresentou na tarde dessa segunda-feira, 10, na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de onde saiu indiciado por homicídio qualificado.
Durante mais de uma hora ele prestou depoimento ao delegado Leonardo Ribeiro, responsável pelo inquérito. Demonstrando certa tranquilidade, o policial respondeu todas as perguntas e prestou as informações necessárias à autoridade policial.
Apesar do teor do depoimento ter sido mantido sob sigilo, sabe-se que Jorge Sidney alegou ter agido em legítima defesa. Como se livrou da prisão em flagrante, tem residência fixa e é réu primário, foi liberado após ser interrogado.
Seu advogado, Wellington Silva, disse que o oficial está colaborando com as investigações e se apresentou espontaneamente, e que agiu para evitar uma agressão. “Ele sequer conhecia esse rapaz, não tinha nada com essa pessoa. Não tinha um porquê, mas lá dentro aconteceu uma situação que já foi relatada em depoimento ao delegado e aí a justiça vai avaliar seu foi ou não uma conduta legal. No ponto de vista da defesa, houve uma justificativa sim, claro que não era a intenção dele tirar a vida, mas houve uma justificativa sim. Creio eu que qualquer pessoa naquela circunstância teria agido de tal forma”, declarou o advogado.
Ao ser perguntado à respeito de um possível pedido de prisão preventiva para o acusado, o delegado Leonardo Ribeiro, que cuida do caso, disse que primeiro irá ouvir todas as testemunhas, só então se pronunciará a respeito. Como o tenente Jorge Sidney é primário, é bem provável que continue em liberdade até a conclusão do inquérito.