Na construção de viaduto em Rio Branco, Bocalom diz que obras só são possíveis após cortes de regalias

Foto: captura de tela retirada da reportagem exibida pelo ac24horas

Em visita técnica realizada nesta sexta-feira, 21, ao viaduto Mamed Bittar, em construção na capital acreana, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), e o senador Márcio Bittar (União Brasil) destacaram a importância das grandes obras para a mobilidade urbana e o desenvolvimento da cidade. A estrutura, que recebe investimento de R$ 24 milhões por meio de emenda parlamentar do senador, promete melhorar o tráfego na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente, beneficiando cerca de 30 mil pessoas diariamente.


Durante a vistoria, Bocalom ressaltou que a realização de obras estruturantes só foi possível após a adoção de medidas de austeridade na gestão, incluindo cortes de regalias e o combate a desvios de recursos públicos. “Quando a gente cuida bem do erário, existe dinheiro público. Ele existe quando você corta uma série de regalias ou desvios que encontramos nesta prefeitura, que não eram poucos. Está aí a prova: conseguimos juntar dinheiro, colocar em caixa e começar a trabalhar com obras estruturantes”, afirmou o prefeito.


Bocalom citou o exemplo do viaduto, que contou com R$ 10 milhões de recursos próprios da prefeitura para evitar a paralisação da obra. “Se não tivéssemos colocado esse dinheiro, a obra teria parado”, disse.


O gestor também destacou o esforço da administração municipal para lidar com desafios como as enchentes, que demandaram gastos de R$ 100 milhões em auxílio à população afetada. “Nas outras gestões, era o Governo do Estado que arcava com esses custos”, completou.


Foto: Whidy Melo

O prefeito ainda comemorou o fato de Rio Branco ter fechado o ano como a 10ª capital que mais guardou dinheiro para garantir as despesas do ano seguinte, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional. “Estou feliz com isso. A prefeitura tem sido tratada com zelo, e todos os trabalhadores têm evitado desvios. Quando fico sabendo de algo, tomo as providências. Não admitimos isso”, afirmou Bocalom, sem citar nomes, mas fazendo referência a gestões anteriores.


Ao ser questionado pelo jornalista Whidy Melo sobre quais gestões teriam ocorrido os desvios na Prefeitura de Rio Branco, o prefeito preferiu dar uma resposta evasiva. “Eu não vou ficar falando de quem é, não, mas isso é coisa velha da Prefeitura de Rio Branco. Alguém esqueceu dos contratos da Secretaria de Cuidados com a Cidade, que vieram com notas de R$ 500 mil, mas não valiam R$ 200? E assim vai… Então, deixa pra lá. Eles vão responder no MPAC e na Justiça. O problema é de quem passou por aqui e teve desvios apurados. A nossa gestão não trabalha assim’, pontuou.


O senador Márcio Bittar, autor da emenda que viabiliza a construção do viaduto, destacou a importância dos recursos federais para estados mais pobres, como o Acre. “O estado precisa das emendas. O que fizemos no Congresso durante o governo Bolsonaro foi sair de R$ 0 em emendas obrigatórias para quase R$ 1 bilhão. Isso é fundamental para nós. Não só o Acre, mas a Amazônia e o Nordeste precisam muito disso. É uma maneira de suprir uma deficiência nossa”, afirmou.


Bittar também criticou as restrições internacionais à exploração de recursos naturais na região amazônica, que, segundo ele, impactam negativamente a economia local. “O Brasil rico e o mundo exigem que não exploremos os recursos naturais, e isso nos empobrece. Ter essas emendas obrigatórias é uma compensação às imposições feitas de fora para dentro”, disse.


O senador elogiou a gestão do prefeito Bocalom, destacando a quebra de paradigmas na administração municipal. “Se o prefeito não tivesse quebrado o paradigma de mais de 20 anos, não estaríamos aqui. Todos os acreanos escutavam em Rio Branco, durante décadas, que a prefeitura tinha que ficar ao lado do governo, senão não fazia nada. Ele quebrou isso”, afirmou.


Bittar ressaltou que as obras em execução no Acre, incluindo o viaduto Mamed Bittar, terão impacto duradouro. “Eu prefiro fazer coisas que vão ficar para a história. Esse viaduto vai beneficiar 30 mil pessoas diariamente. O mercado Elias Mansour, onde eu ia quando era criança, agora vai ter estacionamento. São obras importantes que vão ficar”, disse.


O senador também destacou a parceria com o governador Gladson Cameli (PP) para a realização de outras obras estruturantes no estado. “Esse ano, em parceria com o Gladson, vamos entregar a variante de Xapuri e a ponte da Sibéria. Vai ter o viaduto da Corrente, e o prefeito Bocalom vai lançar a licitação do Horto Florestal, onde coloquei emenda. São obras que vão ficar na história do Acre”, afirmou.


Bittar lembrou ainda que, em um passado recente, o estado enfrentava dificuldades até para encontrar mão de obra qualificada para obras públicas. “Na época do MDB, eu não encontrava pedreiro porque as construções dos conjuntos habitacionais traziam gente de fora. Aquele momento passou, e agora temos recursos que podemos contar anualmente, em torno de R$ 1 bilhão para o Acre. Para nós, essa novidade das emendas é muito importante”, concluiu.


Bocalom encerrou sua fala reforçando o compromisso da gestão com a transparência e o uso responsável dos recursos públicos. “Sobrevivemos sem governo do Estado, trabalhamos muito, e o dinheiro público rendeu. Quando foi que a prefeitura fez grandes obras com recursos próprios? Na nossa gestão tem”, afirmou.


 


Assista ao vídeo:



Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Últimas Notícias