O representante dos motoristas de aplicativos em Rio Branco, Paulo Farias, usou a Tribuna Popular da Câmara Municipal nesta terça-feira, 4, para criticar a RBTrans e solicitar apoio dos vereadores para a regularização da categoria, que reúne mais de 3 mil profissionais na capital acreana.
Farias denunciou uma suposta perseguição por parte da RBTrans. “As plataformas estão atuando na cidade, os clientes estão pedindo, a população está comentando na internet. Pelo mototáxi, estão pagando R$ 20, R$ 30, e nós estamos pagando o pato. Eu preciso trabalhar e levar dignidade. No meu ponto de vista, o TAF [Teste de Aptidão Física] não vai resolver nada. A prefeitura não quer, vão dar um prazo para as plataformas retirarem a categoria de moto”, afirmou.
Ele também pediu o apoio dos vereadores na luta pela regularização do serviço. “Peço a vocês serenidade nesse assunto. A gente veio, mas não teve força. Peço a vocês que estão entrando agora: vão ver a Ricco, as condições dos ônibus, se os funcionários estão recebendo em dia. A lei tem que valer para todos, a lei federal nos ampara sim. A gente precisa e vai trabalhar”, declarou.
O vereador André Kamai (PT) reconheceu a crise no sistema de transporte público da cidade, mas defendeu que os trabalhos sejam feitos dentro da legalidade. “O transporte público está em situação grave, não é uma guerra de categorias. Precisamos colocar esse tema em pauta, mas sempre buscando a legalização. Quero me solidarizar com o Paulo e me coloco à disposição”, disse.
O vereador Éber Machado (MDB) criticou a prefeitura e saiu em defesa dos trabalhadores. “O prefeito disse que ia abrir a caixa-preta, mas não abriu nem a preta nem a branca. Nós temos um órgão no município que está conduzindo a questão. Essa situação do transporte é um caminho sem volta”, afirmou.
Já o vereador Samir Bestene (PP) reforçou a necessidade de apoio do Poder Público. “Os trabalhadores precisam desse suporte. Hoje será criada uma comissão de transporte, e é importante que essa luta continue”, concluiu.