Dólar hoje cai abaixo de R$ 5,70 após leilão do BC e com reunião EUA-Rússia em foco

(Stock Adobe/Montagem IM - Leo Albertino)

O dólar à vista tinha baixa ante o real esta terça-feira (18), após novo leilão do Banco Central, enquanto o mercado observa as conversas entre Estados Unidos e Rússia na Arábia Saudita pelo fim da guerra na Ucrânia.


Rússia e Estados Unidos concordaram em estabelecer um processo para solucionar o conflito na Ucrânia e para remover barreiras para missões diplomáticas, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta terça-feira.


Ele disse que as conversas entre as delegações de Rússia e EUA foram úteis, que os dois lados ouviram um ao outro e concordaram em criar condições para restaurar integralmente a cooperação entre os dois países.


Qual foi a cotação do dólar hoje?


Às 12h19, o dólar à vista BRBY caía 0,60%, a R$ 5,677 na compra e R$ 5,678 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha alta de 0,1%, a R$5,729.


Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,27%, a R$5,7128.


Dóalr comercial


  • • Compra: R$ 5,677
  • •  Venda: R$ 5,678

Dólar turismo


  • •  Compra: R$ 5,743
  • •  Venda: R$ 5,923

O que aconteceu com dólar hoje?

O Banco Central vendeu nesta terça-feira um total de US$3 bilhões em leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) realizado durante a manhã, informou a autarquia em comunicado, no que foi a terceira intervenção cambial da gestão do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo.


No operação, que ocorreu de 10h30 às 10h35 e tem como data de recompra o dia 2 de outubro de 2025, o BC aceitou cinco propostas, a uma taxa de corte de 5,411%.


Esta operação, que havia sido anunciada na véspera, busca rolar outra operação de linha realizada em 16 de dezembro, quando a autarquia vendeu US$ 3 bilhões ao mercado com compromisso de recompra em 6 de março deste ano.


No exterior, autoridades norte-americanas e russas se reuniam nesta terça-feira na capital saudita, Riad, para suas primeiras conversas sobre o fim da guerra na Ucrânia, enquanto Kiev e seus aliados europeus observavam ansiosamente do lado de fora.


As conversas ressaltam o ritmo acelerado dos esforços dos EUA para interromper o conflito, menos de um mês após a posse de Trump e seis dias após ele ter conversado por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin.


Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, o conflito tem provocado volatilidade nos mercados globais em diversos momentos, principalmente devido à sua influência nos preços de commodities, como grãos e petróleo.


Um fim negociado para o conflito seria bem recebido pelos investidores, que teriam um fator de volatilidade a menos a ser ponderado em suas decisões.


Também continuam no radar notícias sobre os planos tarifários de Trump, que orientou sua equipe econômica na semana passada a estudar as taxas e outras barreiras comerciais impostas aos produtos norte-americanos, o que pode levar à implementação de tarifas recíprocas.


Os mercados têm interpretado as ameaças de Trump como uma tática de negociação, mas ainda temem a possibilidade de uma guerra comercial ampla ou os efeitos de tarifas de importação sobre os preços de diversas mercadorias.


“Continuamos a acreditar que Trump buscará tarifas no nível do produto e contra países com os quais os EUA têm déficits comerciais significativos, concentrando-se nos setores automotivo, de energia, farmacêutico e de chips”, disseram analistas do BTG Pactual em relatório.


“O principal risco é que Trump possa aumentar e impor tarifas a nível do país”, completaram.


(Com Reuters)


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