Desenvolvedora rebate infectologista acreano e garante eficácia do Aedes do Bem™️

A Oxitec, empresa inglesa com sede no Brasil e desenvolvedora da tecnologia Aedes do Bem™️, procurou o ac24horas para responder sobre dúvidas suscitadas pelo médico acreano Alan Areal, que em entrevista ao programa Médico 24 Horas exibido na semana passada, dias 2, nopinou que a técnica vendida pela empresa e comprada pela Secretaria Municipal de Saúde em Rio Branco é questionável, principalmente em relação ao custo, já que estratégias mais baratas são comprovadamente eficazes.


Entenda a opinião do médico Alan Areal


De acordo com a Oxitec Brasil, a tecnologia Aedes do Bem™️ é aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para uso comercial desde 2021, e utiliza mosquitos machos que possuem a característica autolimitante que ajuda a limitar a reprodução da mosquitos fêmeas, que transmitem as doenças, na área tratada. A implementação de tecnologias avançadas, como o Aedes do Bem™️, segundo a empresa, tem desempenhado um papel crucial na redução da proliferação do mosquito transmissor, responsável por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.


“As Caixas do Bem contêm ovos dos mosquitos Aedes do Bem™️, que eclodem quando ativados com água limpa, gerando apenas mosquitos machos. Uma vez adultos, esses mosquitos machos procuram ativamente e acasalam com as fêmeas do Aedes aegypti, e desse cruzamento só nascem novos machos autolimitantes, resultando na redução significativa das fêmeas transmissoras de doenças. Este método não prejudica outras espécies de insetos benéficos ao meio ambiente, como abelhas e borboletas, sendo seguro para o ecossistema”, disse a nota enviada ao ac24horas.


Sobre a afirmação de Areal de que a tecnologia da Oxitec seria resultado de mutação genética e de que a eficácia de sua aplicação estaria sob estudo, a empresa disse que a solução contida nos Aedes do Bem não envolve mutação genética, mas sim uma modificação genética, e ressaltou seus resultados. “Em Indaiatuba, no interior de São Paulo, um projeto piloto realizado em parceria com as autoridades municipais demonstrou uma redução de até 96% na população de Aedes aegypti nas áreas tratadas, comparadas a regiões não tratadas. O projeto foi supervisionado pela CTNBio por cinco anos, com os resultados publicados em 2022 na revista científica Frontiers in Bioengineering and Biotechnology. Em publicação recente na página oficial da Prefeitura , o prefeito de Indaiatuba destacou que “os mosquitos transgênicos resultaram em uma diminuição de 84% dos números de casos confirmados de dengue na região da soltura”. Em Congonhas, Minas Gerais, a utilização do Aedes do Bem™️ durante a alta temporada de mosquitos conseguiu conter o aumento de casos de dengue em meio a uma epidemia nacional em 2024, sendo reportados pela Secretaria de Saúde 91% menos casos na cidade em comparação com cidades vizinhas”, diz outro trecho na nota.


Por meio de assessoria de imprensa, num primeiro contato, a Oxitec Brasil sugeriu ao jornal que houvesse uma edição da fala do Dr. Alan Areal, ou a exclusão de suas aspas na matéria, o que foi negado, já que avaliamos que a edição de uma opinião de um especialista na pauta, ou mais grave ainda, a exclusão completa de sua fala, seria contrária à ética jornalística a qual nos submetemos.


Por outro lado, a reportagem perguntou sobre um suposto vencimento do material que estava armazenado pela Secretaria Municipal de Saúde em Rio Branco, e sobre uma troca dos produtos sem ônus à administração pública. A empresa respondeu: “Em algumas regiões do país, como é o caso de Rio Branco, a Oxitec Brasil atua através de distribuidores comerciais devidamente licenciados, seguindo as normas e diretrizes aplicáveis, e não mantém contratos diretos com o poder público”.


Entenda a compra feita pela Secretaria Municipal de Saúde em Rio Branco


O ac24horas questionou se a técnica vendida pela empresa é reconhecida e recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. A empresa respondeu que a solução não está mais em estudo e já foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para uso comercial desde 2021.


Veja a nota completa de Oxitec


Em resposta à aspas do entrevistado, a Oxitec declara que:


– A tecnologia da Oxitec, contida nos Aedes do Bem™️ não envolve mutação genética, mas sim uma modificação genética. Os mosquitos Aedes do Bem possuem uma característica autolimitante. As Caixas do Bem possuem ovos do Aedes do Bem™️, que eclodem ao serem ativados com água limpa. Uma vez adultos, esses mosquitos machos procuram ativamente e acasalam com as fêmeas do Aedes aegypti, e desse cruzamento só nascem novos machos autolimitantes, resultando na redução significativa das fêmeas transmissoras de doenças. Este método não prejudica outras espécies de insetos benéficos ao meio ambiente, como abelhas e borboletas, sendo seguro para o ecossistema. É uma solução de manejo integrado com outros protocolos de combate ao Aedes aegypti já existentes.


– A solução não está mais em estudo. Já foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para uso comercial desde 2021.


– O Aedes do Bem™️ já tem eficácia comprovada


Em Indaiatuba, no interior de São Paulo, um projeto piloto realizado em parceria com as autoridades municipais demonstrou uma redução de até 96% na população de Aedes aegypti nas áreas tratadas, comparadas a regiões não tratadas. O projeto foi supervisionado pela CTNBio por cinco anos, com os resultados publicados em 2022 na revista científica Frontiers in Bioengineering and Biotechnology. Em publicação recente na página oficial da Prefeitura, o prefeito de Indaiatuba destacou que “os mosquitos transgênicos resultaram em uma diminuição de 84% dos números de casos confirmados de dengue na região da soltura”.


Em Congonhas, Minas Gerais, a utilização do Aedes do Bem™️ durante a alta temporada de mosquitos conseguiu conter o aumento de casos de dengue em meio a uma epidemia nacional em 2024, sendo reportados pela Secretaria de Saúde 91% menos casos na cidade em comparação com cidades vizinhas. Desde a implementação da tecnologia, em julho de 2023, os índices de infestação do mosquito apresentaram queda significativa. O Índice LIRAa de janeiro de 2024, por exemplo, foi de 1,8, melhorando em relação aos 2,8 registrados no ano anterior. Em maio de 2024, após 1 ano de utilização da tecnologia, Congonhas alcançou um marco histórico, com a inexistência de criadouros do mosquito em 1.004 imóveis vistoriados.


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