O Acre deve enfrentar um período de chuvas acima da média nos meses de fevereiro, março e abril de 2025, segundo o Relatório Hidrometeorológico divulgado nesta quarta-feira, 26, pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA). A previsão indica acumulados expressivos de precipitação em diversas regiões do estado, especialmente no Vale do Juruá e no Alto Acre.
O estudo, elaborado com base em dados do CPTEC/INPE, INMET e FUNCEME, mostra que as condições climáticas estão sendo influenciadas pelo fenômeno La Niña, que mantém as temperaturas da superfície do mar (TSM) abaixo da média no Oceano Pacífico equatorial. Esse fator, somado ao aquecimento anômalo no Atlântico Tropical Norte, pode intensificar as chuvas no estado.
O monitoramento hidrometeorológico indica que o nível dos principais rios do Acre continua apresentando oscilações. Na leitura realizada às 6h desta quarta-feira, 26,, houve elevação no Rio Acre em pontos como Capixaba, Rio Branco, Porto Acre e Plácido de Castro. Já em outras localidades, os níveis mostraram redução.
No Vale do Juruá, o Rio Juruá registrou aumento em Cruzeiro do Sul, enquanto nas demais regiões a tendência foi de recuo. No município de Tarauacá, o rio teve um volume significativo de chuvas nas últimas 24 horas, com registro de 15,4 mm, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No Seringal Santa Helena, o acumulado foi ainda maior, atingindo 50,8 mm.
Com a tendência de chuvas intensas nos próximos meses, cresce a preocupação com a possibilidade de enchentes em algumas regiões do Acre. Municípios como Brasiléia, Assis Brasil e Xapuri, historicamente afetados por cheias do Rio Acre, já estão em alerta. Em Rio Branco, o acumulado de chuvas do mês de fevereiro já atinge 215,4 mm.