O estado do Acre foi o que mais emitiu carbono para cada R$ 1.000 do PIB nos anos de 2021 e 2022, segundo dados apresentados na quinta-feira (30) no lançamento do primeiro Anuário Estadual de Mudanças Climáticas, em Brasília (DF). O estudo revela que, em 2022, o Acre registrou aproximadamente 2,5 toneladas de carbono equivalente (tCO₂e) por mil reais do PIB, enquanto em 2021 o índice foi de 2,4 tCO₂e.
Além do Acre, outros estados da Amazônia aparecem no topo da lista: Rondônia, Mato Grosso, Pará e Maranhão, todos com parte de seus territórios dentro do bioma amazônico. O levantamento foi realizado pelo Centro Brasil no Clima (CBC) e pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), com apoio do Instituto Itaúsa.
Os dados reforçam a relação entre desmatamento e emissões de carbono na região, já que a principal fonte dessas emissões é a conversão de florestas para uso agropecuário. A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, participou do evento e destacou a necessidade de políticas públicas para reduzir o impacto ambiental no país.
O anuário apresenta um panorama detalhado sobre as emissões de gases do efeito estufa em nível estadual, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas no Brasil.