Um menino de 9 anos foi atingido por uma bala perdida na nuca durante a comemoração do Réveillon na região de São Mateus, na Zona Leste da capital paulista, na madrugada de quarta-feira (1°). O episódio foi registrado por uma câmera de segurança. (Veja abaixo.)
Minutos antes de ser baleado, Matheus Souza Hohne estava com a família assistindo à queima de fogos de artifício em frente a sua residência. O menino brincava com o pai na calçada, quando caiu no chão à 0h12.
“Nós estávamos aqui no portão, na calçada mesmo, vendo os fogos. Aí acabaram os fogos, e a gente entrou. E ele e o pai dele ainda ficaram na calçada, brincando com aquelas bolinhas que fazem barulho, a ‘biribinha’. E nisso, chamamos para entrar. Eles entraram. E quando ele [Matheus] vinha pra entrar, ele caiu. Na hora, o pai já catou ele do chão, a mãe já pegou. Começou a sair muito sangue”, relatou a avó.
No Hospital Sapopemba, o menino recebeu alguns pontos no local do ferimento e, em seguida, foi transferido para o Hospital Vila Alpina, onde foi submetido a uma tomografia.
Somente após o exame, a família descobriu que havia uma bala alojada na cabeça dele. Segundo a avó, o projétil não pode ser retirado, pois atingiu a medula.
“Ele está consciente. Ele fala, conversa direitinho. Porém, uma perna ele não movimenta. Sente muitas dores, né? E está na UTI”, contou Bete.
A família não acredita que o menino tenha sido vítima de uma bala perdida. “As pessoas estão falando “ah, foi bala perdida, isso, aquilo”. Não foi bala perdida. Não foi tiro para o alto, como falam, tiro para o alto na hora dos fogos. O menino estava em pé, aqui, virado para lá, e o tiro veio muito certinho na nuca dele. Então, quer dizer, não foi tiro que atiraram para cima. Senão, não teria entrado onde está a bala.”
Por conta do convênio médico, Matheus foi transferido para o Hospital Santa Helena, de São Bernardo do Campo. Ele segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e seu estado de saúde é estável.
O caso foi registrado como tentativa de homicídio no 69° Distrito Policial de Teotônio Vilela, onde um inquérito policial foi instaurado. A Polícia Civil investiga quem foi o responsável pelo disparo.