A comandante-geral da Polícia Militar do Acre (PM-AC), coronel Marta Renata, informou ao ac24horas que, devido à onda de violência na divisa com Rondônia, medidas foram adotadas pelo estado, incluindo o envio de uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para reforçar a segurança na região da Tucandeira.
À reportagem, a coronel declarou que o momento é de tensão no estado vizinho. Assim como o governador Gladson Cameli, a PM-AC se colocou à disposição para colaborar com Rondônia. Atualmente, a Tucandeira conta com 10 agentes de segurança para reforçar a divisa.
“Fizemos contato com as autoridades de Rondônia, na pessoa do comandante-geral da Polícia Militar, e nos colocamos à disposição para apoiar nesse momento de tensão. Já enviamos guarnições para a nossa divisa na Tucandeira, com o objetivo de integrar e unir forças no combate à criminalidade. Nossa Secretaria de Segurança também entrou em contato com a de Rondônia e ofereceu apoio por meio do Gefron e Ciopaer. O Acre, por meio de suas forças de segurança, está à disposição para colaborar”, destacou a coronel.
A comandante-geral explicou que a Tucandeira já contava com uma guarnição fixa de seis agentes, mas, diante da situação excepcional, foi necessário o reforço de mais quatro policiais. “Nós temos uma guarnição fixa na Tucandeira, com seis policiais, e agora reforçamos com mais quatro, totalizando 10 policiais atuando na divisa. Essa guarnição ordinária está lá diariamente, mas entendemos que o momento exigia um reforço”, explicou.
Onda de violência em Rondônia
Os ataques em Rondônia começaram após a Polícia Militar iniciar uma operação para ocupar o bairro Orgulho do Madeira, área dominada por facções criminosas. No domingo (12), um cabo da PM foi morto na região, e as investigações apontam que a ordem de execução pode ter vindo de líderes de facções dentro de presídios.
Em três dias de operação, a PM prendeu quatro suspeitos de envolvimento com o tráfico e confirmou que dois outros morreram em confrontos. Na madrugada de quarta-feira (15), três homens incendiaram a frota de uma empresa, destruindo seis ônibus, causando um prejuízo estimado em R$ 5 milhões. Desde o início dos ataques, no domingo (12), já foram registrados 25 veículos incendiados, incluindo uma viatura da PM e 13 ônibus escolares.
