As autoridades de saúde estaduais e nacionais estão em alerta diante do aumento dos casos de dengue no Brasil, especialmente com o retorno do sorotipo 3 (DENV-3), considerado um dos mais graves entre os quatro tipos do vírus — DENV-1, DENV-2 e DENV-4.
O DENV-3 pode provocar manifestações severas da doença, como a dengue hemorrágica, especialmente em pessoas que já tiveram infecção pelos sorotipos 1 ou 2, devido ao risco de uma resposta imunológica exacerbada. O Ministério da Saúde informou que, nas últimas semanas de dezembro de 2024, houve aumento de casos ligados ao DENV-3 nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná.
Preocupação nacional
O cenário preocupa especialistas, pois o DENV-3 não circulava de maneira prevalente no país desde 2008. Segundo o Ministério da Saúde, a reinserção do sorotipo no Brasil pode elevar o número de casos graves e de hospitalizações.
No Acre, o secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, afirmou, em coletiva de imprensa, que não há motivo para pânico. “O decreto emergencial é uma ferramenta para fortalecer a resposta rápida, coordenada e integrada entre o Estado e os municípios”, explicou.
Cidades mais afetadas
Os municípios com maior número de notificações no Acre são Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Epitaciolândia, que registraram aumento de cerca de 19% nos casos de dengue. Em todo o estado, já foram contabilizados mais de 6 mil pacientes com a doença, sendo que 24 apresentaram risco de evolução grave.
Medidas de prevenção
O Ministério da Saúde reforça que a principal medida para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é a eliminação de criadouros. Manter quintais limpos, evitar água acumulada em recipientes e desobstruir calhas são atitudes fundamentais.
Além disso, a população deve estar atenta aos sintomas, como febre alta, dores no corpo, náuseas e manchas na pele. O atendimento médico imediato é essencial para evitar complicações.