Em menos de 12 horas, três mulheres foram detidas pelo Grupo Especial de Fronteira (GEFRON) no Acre, acusadas de transportar drogas na região de fronteira com a Bolívia e o Peru. Entre as presas, estão uma mulher grávida e uma adolescente, evidenciando o aumento do recrutamento de mulheres para o tráfico de entorpecentes.
As prisões ocorreram durante a Operação Protetor das Fronteiras e Divisas, que intensifica a fiscalização nas rodovias que ligam os municípios do Acre. As abordagens foram realizadas no posto de fiscalização do GEFRON, no município de Senador Guiomard, interior do estado.
Drogas escondidas em eletrodomésticos e bagagens
A primeira prisão aconteceu na tarde de quarta-feira (29), quando um táxi modelo Fiat Cronos, de cor prata, foi abordado pelos agentes. Durante a revista no veículo, os policiais encontraram um bebedouro no bagageiro que, ao passar pelo aparelho de Raio-X, revelou conter 8,2 kg de skank, uma versão mais potente da maconha. A droga pertencia a uma mulher identificada pelas iniciais K.M.B.F., que recebeu voz de prisão e foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil. O prejuízo estimado ao crime foi de R$ 82.200.
Cerca de uma hora e meia depois, os policiais abordaram outro táxi, modelo Chevrolet Spin, também vindo de Brasileia para Rio Branco. Durante a busca, uma caixa de som chamou a atenção devido ao peso. Ao passar pelo scanner, os agentes notaram um formato estranho no interior do equipamento. Ao abri-lo, foram encontrados 7,2 kg de skank, com um valor estimado em R$ 72.230. A droga era transportada por uma adolescente identificada pelas iniciais K.V.A.D., que foi apreendida e conduzida à delegacia.
Já na manhã de quinta-feira (30), uma terceira abordagem resultou na prisão de uma mulher grávida. Durante a fiscalização de um veículo, os policiais encontraram 4 kg de cloridrato de cocaína escondidos dentro de um saco amarelo. A mulher recebeu voz de prisão e também foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil, onde responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas.
Mulheres no tráfico: uma realidade alarmante
As autoridades destacam a crescente participação de mulheres no tráfico de drogas, muitas vezes recrutadas como “mulas” para transportar entorpecentes em troca de dinheiro ou benefícios. A localização do Acre, que faz fronteira com Bolívia e Peru, países considerados grandes produtores de drogas, facilita a entrada desses entorpecentes no Brasil.
As apreensões realizadas em menos de 12 horas reforçam o compromisso das forças de segurança no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado na região. O GEFRON e demais órgãos de segurança seguem intensificando as operações para coibir esse tipo de crime e desarticular as redes de tráfico que utilizam mulheres para o transporte de drogas.
