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Motoristas de aplicativo lamentam decisão e defendem diálogo em impasse

Foto: captura de tela retirada da reportagem exibida pelo ac24horas

Após a juíza Zenair Ferreira Bueno, da 2ª Vara de Fazenda Pública de Rio Branco da Comarca de Rio Branco, negar nesta quinta-feira, 30, um pedido de liminar, por meio de mandado de segurança, que permitiria o transporte remunerado de passageiros por motoboys via aplicativo, trabalhadores do setor lamentaram a decisão e destacaram a necessidade de diálogo com as autoridades para encontrar uma solução viável.


O representante dos motoristas de aplicativo, Paulo Farias, afirmou em entrevista ao ac24horasplay que a categoria respeita a decisão da juíza, mas acredita que a situação enfrentada pela categoria deveria considerar a realidade socioeconômica dos trabalhadores. “Estamos tristes com a situação, mas respeitamos a decisão da juíza. A Lei Federal dá ao município a opção de regulamentar ou não esse tipo de serviço, inclusive definindo o modal a ser utilizado. Acredito que poderiam ter sido apresentados argumentos mais sólidos para casar a realidade que vivemos com a legislação”, pontuou.


Apesar do descontentamento, Farias defende que a mobilização da categoria seja feita de forma pacífica e que o melhor caminho seja o diálogo. “O movimento está desanimado, e eu, pelo menos, tenho conversado com alguns colegas para que não realizem manifestações. Como disse, sou contra esse tipo de ação; meu foco é o diálogo. Até onde for possível, podemos recorrer e aguardar, mas acredito que a Justiça deveria analisar nossa causa com mais atenção. Não podemos ficar sem trabalhar”, destacou.


O motorista de aplicativo Osvaldo, de 58 anos, reforçou que a decisão judicial não afeta apenas os trabalhadores, mas também milhares de pessoas que dependem do serviço como alternativa ao transporte público. “Quem mais está sendo prejudicado são os passageiros. O transporte público é precário, e os aplicativos oferecem um serviço acessível. Se o modelo não fosse viável, não teríamos mais de 3 mil motoristas trabalhando e sustentando suas famílias com essa atividade. A população apoia esse serviço”, pontuou.


Ele também alertou para as dificuldades que a decisão pode gerar para os trabalhadores que já investiram no setor. “Muitos compraram suas motos para trabalhar e agora terão que devolver? O que essas pessoas vão fazer? Essa decisão impacta diretamente a vida de pelo menos 6 mil pessoas. Espero que o Poder Público se sensibilize e busque uma solução para essa situação”, destacou.


Apesar da insatisfação, Osvaldo destacou que a categoria deve se manter pacífica. “Eu acredito que sim, tem que ser pacífico. Na brutalidade não se resolve nada. Vivemos em um país democrático, mas pacífico. Temos que levar isso de forma pacífica. A população está tendo seu direito de ir e vir retirado, sendo que encontrou em nós, motoristas de aplicativo, uma forma de se locomover. Por isso, defendo a enquete”, salientou.


 


Confira o vídeo na íntegra:


AO VIVO I AC24HORAS PLAY 3ª EDIÇÃO - 30/01/2025


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