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Instituto de Administração Penitenciária do Acre promove ações permanentes de saúde mental para detentos

A campanha Janeiro Branco é um movimento que visa à saúde mental e convida a sociedade a refletir, dialogar e agir sobre o bem-estar emocional. A questão afeta também a população carcerária, pois o confinamento é um fator que pode contribuir para transtornos psicológicos entre os presos. Muitos detentos apresentam condições como depressão, ansiedade e transtornos de personalidade e os serviços psiquiátricos em unidades prisionais têm se tornado cada vez mais necessários.


Atendimentos de psiquiatria ajudam na saúde mental de pessoas privadas de liberdade. Foto: Zayra Amorim/Iapen

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) proporciona atendimento psiquiátrico para os detentos durante todo o ano. “A importância do que se é tratado no Janeiro Branco não deve ficar somete no mês de janeiro, pois quando a gente olha para o público com que trabalhamos, percebemos pessoas que estão em isolamento, e é uma preocupação para nós que tenham uma reintegração na sociedade, esse olhar de oferecer estudo, trabalho, a convivência com os familiares. E sempre tentar proporcionar um melhor tratamento com psiquiatras, com os nossos psicólogos”, ressalta a chefe da Divisão de Saúde Prisional do Iapen, Gabriela Silveira.


Detenta da Unidade Penitenciária Feminina, S.S.N. relata o quanto o tratamento psiquiátrico tem lhe ajudado: “Estou aqui há seis anos presa. Depois que comecei o tratamento, a minha vida mudou, porque, quando entro aqui [no consultório], me sinto à vontade para falar o que sinto e agora que estou recebendo a medicação, estou me acalmando mais. Antes eu não dormia, passava a noite em claro pensando, e agora consigo dormir”.


Atendendo na Psiquiatria no Complexo Penitenciário de Rio Branco, Sena Madureira e Senador Guiomard, a médica Daniella Araripe aborda a importância desses atendimentos para os detentos: “Os atendimentos psiquiátricos são fundamentais para preservar a saúde mental dos internos e para contribuir com a segurança das unidades, porque muitos detentos apresentam transtornos psiquiátricos não tratados, o que pode agravar a situação deles, como comportamento impulsivo, agressividade, passar a noite sem dormir e começar a ter alucinações visuais, ficando muito tempo pensando na vida lá fora. O tratamento com o atendimento psiquiátrico melhora a qualidade de vida deles e também ajuda na ressocialização”.


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