Influenciadora digital acreana denuncia descaso de excursão feita ao nordeste

A influenciadora digital Yanna Oliveira se pronunciou após a repercussão de uma viagem na qual 58 acreanos enfrentaram problemas devido ao atraso do ônibus que os levaria de volta a Rio Branco. Oliveira relatou que os contratempos começaram já no início da excursão, com atrasos na partida e um veículo quebrado no meio da estrada.


Em conversa com o ac24horas, a jovem afirmou que adquiriu as passagens em 2024 para viajar com familiares e amigos no início de 2025. No entanto, a viagem se tornou um pesadelo, com o organizador da excursão, Edson Reda, atrasando a saída três vezes. “Compramos as passagens no início de 2024, pagamos R$ 3 mil o casal, e estávamos ansiosos. No grupo, éramos cerca de 20 pessoas entre família e amigos. Mas, na semana da viagem, ele trocou a data três vezes. No dia do embarque, o ônibus que nos pegou estava em condições precárias. Ele havia prometido um veículo de dois andares, com carregador e outros confortos, mas justificou que o ônibus previsto havia quebrado. Tivemos que viajar em um ônibus que parava constantemente porque o organizador enviava o dinheiro para o combustível aos poucos, e o motorista só podia abastecer pequenas quantidades de cada vez”, comentou, deixando claro que a precariedade do veículo não é culpa do proprietário.


Yanna também mencionou que os problemas se agravaram em João Pessoa, na Paraíba, onde houve uma mudança de rota não prevista, além de falhas na acomodação no hotel. “Chegamos em João Pessoa e começou a confusão. Ele alterou a rota, que deveria ser Salvador antes de João Pessoa, o que nos fez passar mais dois dias na estrada. Quando chegamos, não havia hotel suficiente. Colocaram oito pessoas em um quarto sem banheiro, apenas com dois ventiladores, em um calor insuportável. Tivemos que pagar um hotel por conta própria. Além disso, não havia café da manhã, como prometido. O maior problema foi a mentira dele. Pagamos por uma viagem confortável, e ele não proporcionou nem o básico, como quartos com banheiro”, reclamou.


A influenciadora destacou que os problemas continuaram em Fortaleza, onde novamente não havia acomodações suficientes. “Chegamos em Fortaleza e a confusão se repetiu. Eu estava tão exausta que só conseguia chorar. Ele sempre coloca pessoas no ônibus para defendê-lo quando as coisas dão errado. As organizadoras conseguiram quartos para todos, mas foi um desgaste enorme”, explicou.


Yanna também relatou que, ao invés de seguir para Salvador, conforme o pacote contratado, o organizador sugeriu que os passageiros fossem direto para Goiânia. “Ele inventou desculpas, dizendo que havia esbarrancamentos ou que Salvador não tinha pontos turísticos, o que é mentira. Ele pediu para fazer uma votação, mas, quando viu que a maioria queria seguir para Salvador, alegou que não tinha dinheiro para levar o grupo até lá”, disse.


A situação piorou quando o ônibus quebrou na Bahia, deixando os passageiros em condições precárias. “O ônibus quebrou de vez em São Desidério, na Bahia. Algumas pessoas, incluindo crianças e uma senhora de 80 anos, tiveram que dormir no ônibus sem ar-condicionado. Quem tinha condições conseguiu pagar uma pousada. Nós fizemos uma vaquinha para ajudar o motorista a consertar o veículo”, contou.



Yanna revelou que, por conta própria, alugou uma van com amigos e familiares para seguir até Goiânia, onde estão aguardando o retorno do ônibus para voltar ao Acre. “Alugamos uma van por R$ 4.450 para sair de São Desidério e vir para Goiânia. Estamos pagando hotel aqui, esperando o ônibus voltar. Fizemos uma vaquinha para ajudar o motorista a consertar o ônibus. A situação é essa: parte do grupo está em Goiânia, enquanto outros ainda estão no interior da Bahia”, declarou.


Organizador se defende e contesta acusações

O pastor e organizador da excursão, Edson Reda, apresentou sua versão dos fatos ao ac24horas, afirmando que os ônibus utilizados na viagem não são de sua propriedade e criticando a exposição feita pela blogueira sobre os problemas ocorridos. Ele destacou que não pode ser responsabilizado pelos danos mecânicos dos veículos.


“Olha… deixa eu colocar algo para ti… depois que é feita essa exposição… arrebenta com a gente… porque fica complicado depois de você contornar… mas observa só… isso daí já foi… ela colocou isso há três dias, se eu não me engano, e ela continua repetindo porque tem o vídeo… ela disse que quer destruir. Isso não tem lógica, porque o que acontece é o seguinte: o ônibus não é meu. Quebrar uma caixa de câmbio e outras peças não têm a ver comigo, tem a ver com quem é o proprietário do ônibus. Agora, logicamente, o ônibus tem que ser consertado”, afirmou.


Reda também informou que os demais passageiros foram devidamente acomodados em uma pousada e negou ter alterado a rota da viagem. “As pessoas que estavam no ônibus foram colocadas na pousada. Só que eu tenho vídeo da discussão que houve, porque o grupo dela queria ir para a Bahia. Não fui eu que mudei a rota, eu tenho provas. Mas, pra que ficar botando vídeo só pra alimentar barraco? Eu tenho um vídeo em que o sogro dela está xingando a própria irmã, porque ela não concordou com ele. Eles pegaram uma van e decidiram por conta própria ir para Goiânia. Eu tenho o áudio do sogro dela dizendo: ‘Pastor, nós estamos pegando a van, indo para Goiânia, e depois, quando o ônibus estiver consertado, pega a gente lá’. Eu falei que sim. Mas eu não estava no ônibus. Quem está no ônibus é o Silvestre, o proprietário, que está lá tentando ajeitar tudo. Porque, no interior, não tem peça. Mas as pessoas estão todas acomodadas, e o ônibus já está pronto para sair amanhã, com todas as peças necessárias. Ela [a passageira] fica fazendo isso e causa um desastre para a gente, até mesmo problemas familiares”, argumentou.


O pastor também reconheceu que, caso o ônibus tivesse quebrado em uma área mais isolada, as consequências poderiam ter sido graves, mas reiterou que não pode ser culpado pelos problemas mecânicos. “Se o veículo quebra no meio do sertão, a situação poderia ser terrível. Mas isso acontece. Quebrar uma caixa de marcha é algo que pode ocorrer”, finalizou.


Blogueira rebate organizador e aponta contradições

Após as declarações do organizador Edson Reda, a influenciadora digital Yanna Oliveira se manifestou novamente, destacando que, apesar de o veículo não ser propriedade dele, o valor enviado para o conserto foi insuficiente. “Como esse homem é sonso, meu Deus, eu tô em choque. Primeiramente, eu nem sei por onde começar, porque ele falou tanta mentira. Realmente, o ônibus que precisa ser arrumado é do Silvestre, o motorista. Acontece que ele [Reda] não pagou o Silvestre. Eu tenho uma prova do motorista me dizendo que recebeu apenas R$ 1.500. O que ele vai fazer com R$ 1.500? Esse valor não cobre nem a alimentação dele dentro do ônibus”, criticou.


Sobre a decisão de seguir para Goiânia, Yanna esclareceu que o grupo não teve outra opção, já que, segundo Reda, não havia acomodações disponíveis na Bahia. “A gente escolheu ir para Goiânia, sim, mas porque ele não deu escolha. Eu tenho um áudio dele dizendo que não havia hospedagem na Bahia. Como é que a gente ia ficar na Bahia sem hospedagem, dormindo dentro do ônibus? Então decidimos nos adiantar e vir para Goiânia”, explicou.


Veja vídeo:


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