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Dólar cai mais de 1% e vai a R$ 6,04 em dia de mercado fechado nos Estados Unidos

BC vendeu US$ 20 bilhões das reservas internacionais em 2024 — Foto: Marcello Casal Jr/ABr

O dólar caiu mais de 1% nesta quinta-feira, para abaixo de 6,05 reais, em sessão de baixa liquidez por conta dos mercados fechados nos Estados Unidos devido ao funeral do ex-presidente Jimmy Carter, com investidores retirando dos preços parte dos excessos do fim de 2024, em meio à agenda esvaziada no Brasil.


Nas primeiras sessões de 2025, o foco dos investidores tem se direcionado para o cenário externo, uma vez que se aproxima o início do novo governo de Donald Trump nos EUA, com a posse do presidente eleito em 20 de janeiro.


Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em baixa de 1,10%, aos 6,0431 reais. Às 17h02 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 0,87%, aos 6,0775 reais.


Dólar comercial

  • • Compra: R$ 6,043
  • • Venda: R$ 6,043

Dólar turismo

  • • Compra: R$ 6,148
  • • Venda: R$ 6,328

O que aconteceu com dólar hoje?


Com o fechamento dos mercados nos EUA devido ao funeral de Carter, que faleceu em 29 de dezembro aos 100 anos, as negociações exibiam menor volatilidade nesta quinta, em meio à falta de impulsos externos e domésticos.


Nesta semana, por outro lado, a moeda norte-americana tem oscilado entre fortes ganhos e perdas, à medida que os mercados globais digerem as últimas notícias sobre os planos tarifários de Trump, com os agentes financeiros receosos quanto ao potencial inflacionário de suas medidas.


O dólar avançou sobre uma série de moedas na véspera, incluindo o real, na esteira de reportagem da CNN que relatou que o presidente eleito está considerando declarar emergência econômica nacional como justificativa legal para a imposição de tarifas sobre aliados e adversários.


A divisa dos EUA havia registrado forte recuo na segunda-feira, quando o The Washington Post informou que assessores de Trump estariam explorando planos para impor tarifas apenas sobre importações de setores críticos para o país.


A percepção de economistas é de que as promessas de Trump, que também incluem cortes de impostos e controle rígido da imigração, podem ser inflacionárias, o que manteria os juros elevados nos EUA e elevaria os rendimentos dos Treasuries, favorecendo o dólar.


Os mercados globais também seguem de olho em novos dados sobre a economia norte-americana, com números sobre o mercado de trabalho sendo o foco da semana. Na sexta-feira, será divulgado o relatório de emprego para dezembro.


Indicadores recentes têm apontado para a resiliência da economia dos EUA, com um mercado de trabalho saudável e uma inflação ainda acima da meta de 2% do Federal Reserve, reduzindo as expectativas de cortes na taxa de juros pelo banco central norte-americano neste ano.


“Existe preocupação em relação ao mercado de trabalho, que segue aquecido, com a inflação, que retornou, mas desacelerou a queda, e também sobre as políticas do governo Trump em relação às tarifas”, disse Marcos Weigt, head de Tesouraria do Travelex Bank.


Operadores precificam 95% de chance de que as autoridades mantenham os juros na primeira reunião deste ano, com pouco mais de 40 pontos-base acumulados de cortes esperados até o fim do ano, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.


Na cena doméstica, a principal preocupação do mercado segue sendo o cenário fiscal brasileiro, mesmo após o Congresso aprovar uma série de medidas de contenção de gastos propostas pelo governo no fim do ano passado.


Os investidores duvidam do compromisso do governo em equilibrar as contas públicas e cobram que sejam apresentadas novas medidas para controlar a trajetória da dívida pública e retomar a credibilidade fiscal do país.


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