As contas do governo central, que engloba Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registraram um déficit de R$ 4,5 bilhões em novembro de 2024, informou o Tesouro nesta quinta-feira (15).
Em novembro de 2023, foi registrado um déficit de R$38,1 bilhões.
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, o rombo chega a R$ 66,8 bilhões. No mesmo período de 2023,o valor ficou deficitário em R$ 112,5 bilhões.
No comparativo mensal, a redução das despesas ocorreu, segundo o Tesouro, por conta da queda em apoios financeiros a estados e municípios e menores gastos discricionários em áreas como saúde e educação.
No acumulado dos últimos doze meses (até novembro de 2024), o resultado primário do governo central foi de déficit de R$ 188,5 bilhões, equivalente a 1,56% do PIB, segundo o Tesouro Nacional.
Meta fiscal
Mesmo com o resultado deficitário até o momento, o governo planeja atingir a meta fiscal de déficit zero, mirando na banda inferior, que, pelas regras do arcabouço fiscal, permite que o governo entregue um déficit de até 0,25% do PIB.
A expectativa, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é de um déficit de 0,1% do PIB no ano de 2024, ou R$ 28,7 bilhões, segundo projeção da Fazenda.
O governo conta com cerca de R$ 40 bilhões em gastos extraordinários que serão ignorados para o cumprimento da meta. Créditos para o combate às enchentes no Rio Grande do Sul e combate às queimadas entram nessa conta.