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Cinco pessoas morrem no terceiro dia de onda de violência em Rondônia

Ônibus incendiados em Porto Velho — Foto: Reprodução Redes Sociais

Cinco pessoas morreram na noite de quarta-feira (15) durante o terceiro dia de conflitos entre a Polícia Militar e o comando vermelho em Rondônia. Duas delas são suspeitos que entraram em confronto com a PM e outras três pessoas foram executadas a tiros por criminosos na capital.


➡️Contexto: Desde o início da semana, os embates entre agentes de segurança e o Comando Vermelho resultaram em prisões, mortes e significativos prejuízos materiais, incluindo a queima de mais de 20 ônibus, entre outros veículos.


As mortes ocorreram em três casos distintos. Entenda cada um deles:


De acordo com a polícia, na noite de quarta-feira (15) criminosos passaram de carro em frente a um bar localizado na zona Leste de Porto Velho e atiraram nos clientes. Duas pessoas foram atingidas; uma morreu no local e a outra chegou a dar entrada no Hospital João Paulo II, mas não resistiu aos ferimentos e também faleceu.


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou que a terceira morte da noite foi de um ciclista baleado por criminosos, também na zona Leste. A polícia investiga se as execuções estão relacionadas.


Ainda durante a noite da quarta-feira, dois suspeitos de integrarem o Comando Vermelho foram baleados e morreram durante um confronto com agentes na linha 27, Ramal Rio das Garças, Zona Rural de Porto Velho.


Entenda a origem dos ataques

Nos últimos meses, a PM realizou diversas operações contra o crime organizado no conjunto habitacional Orgulho do Madeira, localizado na Zona Leste de Porto Velho, região dominada pelo Comando Vermelho.


Em uma das ações da polícia, realizada no dia 8 de janeiro, um dos chefes da facção foi morto pela PM. O nome dele e a dinâmica de como a morte ocorreu não foram revelados pelas autoridades.


No domingo (12), o cabo da Polícia Militar, Fábio Martins, foi morto com seis tiros na cabeça no Orgulho do Madeira, onde morava. Ele estava de folga, acompanhado da esposa, quando foi morto.


Segundo a Polícia Militar, a morte do agente foi uma retaliação do Comando Vermelho contra as ações policiais realizadas contra o crime organizado.


Logo na sequência, a Polícia iniciou a Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura II, para combater a organização criminosa e ocupar o conjunto habitacional. Logo depois que a polícia entrou no residencial, começaram os ataques contra ônibus. Mais de 20 veículos já foram queimados.


Apoio na segurança

Para ajudar no combate ao crime organizado em Porto Velho, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) enviou, na terça-feira (14), um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para apoiar as operações policiais na capital.


Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou cerca de 60 agentes da Força Nacional, que já estão atuando em Porto Velho, e outros devem chegar nos próximos dias.


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