O governo do Acre celebra a marca de R$ 1,8 bilhão em exportações nos últimos seis anos, resultado atribuído a políticas públicas voltadas para o fortalecimento da indústria e do agronegócio. Em 2024, o estado registrou uma movimentação de R$ 527,4 milhões, um crescimento de 90,6% em relação a 2023, conforme dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A vice-governadora Mailza Assis destacou a contribuição do setor produtivo e o impacto das ações governamentais. “Estamos fortalecendo a indústria e o agro, que geram riquezas e empregos. Esses resultados mostram que o Acre tem potencial para continuar crescendo e se consolidar como uma fronteira agrícola promissora no Brasil”, afirmou.
Segundo o secretário da Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanípal Mesquita, mais de 60% das exportações em 2024 foram da indústria de transformação, com destaque para carne bovina (24%), carne suína (20%) e madeira (7,2%). Ele também atribuiu o avanço às medidas que destravaram gargalos sanitários, como a manutenção do status de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, reconhecido internacionalmente.
A produção agrícola também teve destaque, especialmente a soja, que representou 25% das exportações do estado em 2024. Mesquita informou que o Acre ultrapassou R$ 3 bilhões em valor bruto da produção agrícola, consolidando-se como um polo do agronegócio.
Integração entre agro e indústria
O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre (Faeac), Assuero Veronez, destacou que a infraestrutura logística, como a hidrovia do Madeira e o Porto de Chancay, no Peru, foi crucial para alavancar as exportações. Ele também ressaltou o ganho de mercados internacionais, como China e Hong Kong, para as carnes bovina e suína.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro, enfatizou a sinergia entre indústria e agropecuária no crescimento econômico do estado. “Os empresários enfrentaram desafios, mas conquistaram habilitações importantes para exportação. Essa parceria entre setor público e privado é um diferencial do Acre”, afirmou.
A presidente da Agência de Negócios do Acre (Anac), Waleska Bezerra, chamou atenção para a expansão das exportações para o Peru, que cresceram 153,8% em 2024. Ela também ressaltou o trabalho de promoção internacional dos produtos acreanos em feiras e eventos, destacando o estado como uma nova fronteira econômica no Sul Global.
Expectativas futuras
Para o presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Luiz Gonzaga, o superávit na balança comercial é reflexo de missões internacionais e da integração entre governo, setor produtivo e parlamentares. “Esses números são resultado de cooperação técnica, diplomática e da visão estratégica para promover o Acre no cenário internacional”, afirmou.